Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Empresas se reinventam e transmitem eventos online com grandes estruturas

    Alternativa ajuda na recuperação financeira de hotéis e centros de convenções

    Denise Ribeiro e Isabella Faria,

    da CNN, em São Paulo

    Ouvir notícia

    Quem anda pelos corredores e salas de convenções vazias do Hotel Sheraton, em São Paulo, não imagina que, no ano passado, o local realizou mais de 800 eventos corporativos. O complexo onde o hotel se localiza tem 73 espaços para eventos e um deles tem capacidade para até 2.500 pessoas. Com a pandemia do novo coronavírus, a quantidade de eventos foi reduzida a zero e o hotel teve que adaptar seus espaços para a realização de eventos online. Hoje o hotel conta com três estúdios para as transmissões.

    “Nós começamos as mudanças já na primeira quinzena de março”,  diz Fernando Guinato, diretor geral do Hotel Sheraton WTC. “Fizemos conferências experimentais para que os clientes entendessem este novo formato e, a partir de junho, começamos a realizar os eventos profissionalmente.”

    Leia também:
    Telefonia, carro, escola: Veja o que teria mais ou menos imposto com reforma

    Pride Bank, banco digital feito para a comunidade LGBTQI+, chega ao mercado hoje

    Empresas se reinventam e transmitem eventos online com grandes estruturas
    Empresas se reinventam e transmitem eventos online com grandes estruturas
    Foto: Reprodução/CNN

    Hoje, o hotel realiza cerca de três eventos por dia em parceria com uma empresa de audiovisual que, segundo Fernando, foi a peça principal para fazer o novo formato de eventos funcionar. “ É preciso contratar profissionais que saibam estruturar um estúdio e apresentadores que tenham familiaridade com a câmera, por exemplo, são profissionais diferentes daqueles que são contratados para eventos presenciais”, diz.

    Rogério Miranda, CEO da empresa Inteegra, concorda com a afirmação. Dono de uma consultoria especializada em eventos online, ele diz que estas conferências vão além de uma simples transmissão, é precisa que haja engajamento.

    “Recursos como pesquisas, enquetes, chats, que acontecem durante o evento online, são ferramentas que vão direcionar as decisões tomadas durante o evento para engajar cada vez mais o público e movimentar o mercado”, diz.

    Acompanhando a pandemia do novo coronavírus e as restrições ao trabalho presencial impostas por ela, a área das videoconferências só tendem a crescer. Segundo uma pesquisa feita pela empresa Gartner, os gastos mundiais em soluções de videoconferência (baseadas em nuvem) crescerão 24% em 2020.

     A expectativa é que estes gastos com este mercado atinja US$ 4,1 bilhões em 2020, contra US$ 3,3 bilhões registrados em 2019. O resultado coloca a área das videoconferências como a segunda categoria de maior crescimento exponencial no mercado de Comunicações Unificadas, atrás apenas dos gastos com telefonia.

    Mais público

    Salas de convenções, por maiores que sejam, ainda possuem um espaço limitado. Com os eventos online, esse limite se dissipa, fazendo com que mais pessoas tenham acesso a diversos tipos de conteúdo.

    Para Thiago Junqueira, diretor de experiência com o cliente da divisão agrícola da Bayer no Brasil, os eventos transmitidos pela internet democratizaram este ambiente: “O número de pessoas impactadas é muito maior”, diz. “Nós saímos de um número de 200, 300 pessoas para mais de 15 mil pessoas no último evento, é um impacto diferente”, conclui.

    Segundo ele, existe o custo de se montar um estúdio, com uma estrutura mais complexa e longe daquelas construídas em eventos presenciais, porém, para Thiago, esse é um formato que não deve ir embora quando a pandemia acabar. “Acredito que ele será ressignificado mais uma vez, teremos eventos tecnológicos com recursos complexos e que serão transmitidos online, mas que nunca substituirão o contato humano e o networking”, diz.

     

    Mais Recentes da CNN