Falta pesquisa para tornar SAF economicamente viável, diz Paula Packer

Quadro da Embrapa ressaltou ao CNN Money importância da ciência para transição energética

João Nakamura, da CNN, São Paulo
Paula Packer, chefe-geral da unidade de Meio Ambiente da Embrapa  • CNN Talks
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Ainda falta “muita conversa e muita pesquisa” para o SAF (combustível sustentável de aviação) se tornar economicamente viável, avalia Paula Packer, chefe-geral da unidade de Meio Ambiente da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Ao CNN Talks, ressaltou como a “base da transição energética veio da ciência”. A discussão sobre o SAF, porém, “vai demorar um bom tempo”.

É um investimento de longo prazo, é impossível fazer ciência em um mês.
Paula Packer, chefe-geral da unidade de Meio Ambiente da Embrapa

Quando o SAF for viável, o quadro da Embrapa afirma que ninguém vai pensar nele como um biocombustível, por conta de sua eficiência e ampla adoção.

Quanto a visão no mundo sobre a sustentabilidade no Brasil, ela afirma que a COP30 será um ponto de virada, sobretudo considerando a Agrizone, organizada pela própria Embrapa, que servirá de “vitrine” para as tecnologias desenvolvidas pelo agronegócio voltadas a sustentabilidade.

O CNN Talks - Potência Verde reuniu nesta segunda-feira (8), em São Paulo, especialistas e autoridades para debater agricultura regenerativa, bionergia e clima antes da COP30, a Cúpula do Clima da ONU, que acontecerá em novembro, em Belém, capital do Pará.

O evento marca, também, a estreia oficial da série "Rota Bioceânica", apresentada pelo analista da CNN Brasil Caio Junqueira. O corredor bioceânico é uma alternativa ao Porto de Santos e vai integrar quatro países da América do Sul, entre eles, o Brasil.

Estimativas apontam que a rota deve reduzir em 17 dias o transporte de mercadorias que saem do Brasil para a Ásia, e em 30% o valor do frete em relação ao que se gasta para escoar os produtos pelo Oceano Atlântico, via Porto de Santos.

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