B3 ganha dois ETFs com 100% de exposição ao Ethereum em 15 dias
Assim como todo o mercado de cripto, o ativo começou 2021 voando e depois encontrou alguns percalços, mas ainda sobe mais de 300% no ano


Estreou na B3 nesta quarta-feira (18), pelas mãos da gestora de criptoativos Hashdex, o fundo de índice (ETF) Ethereum Reference Price Fundo de Índice (ETHE11), que tem 100% de exposição ao Ethereum. Foram captados R$113,11 milhões até aqui. Com essa estreia, vai para cinco o número de fundos de criptomoeda na bolsa brasileira.
O novo produto vai espelhar um fundo offshore chamado Hashdex Nasdaq Ethereum ETF e teve XP, Itaú BBA e Banco Genial como coordenadores da oferta. A taxa de administração do ativo será de 0,7% ao ano e a aplicação inicial de R$ 50.
“O Ethereum é uma das principais plataformas que servem como base para uma nova evolução da internet, a chamada Web 3.0. O seu token, o ether, é o combustível que move essa nova internet e tem um grande potencial de valorização à medida que a tecnologia evoluir e sua adoção aumentar”, afirma Samir Kerbage, CTO da Hashdex.
“O ETHE11 é um produto que vai dar acesso a essa oportunidade geracional de investimento de forma simples, segura e regulada para qualquer pessoa, desde o pequeno investidor pessoa física até o grande institucional.”
Segunda estreia em 15 dias
Trata-se do segundo ativo com lastro integral em ETH a ser negociado na bolsa nacional. O QETH11, da QR Capital, havia estreado no último dia 4 e se baseia no CME CF Ether Reference Rate, índice da Chicago Mercantile Exchange desenvolvido para encontrar um preço de mercado para o criptoativo.
“O ether é um ativo já consolidado e com bons casos de uso, como nas finanças descentralizadas (DeFI), tornando-se um excelente ativo para reforçar a diversificação de carteiras de investimentos. Somados, o bitcoin e o ether possuem atualmente mais de US$ 1 trilhão de valor de mercado, representando cerca de dois terços do mercado total de criptoativos”, diz Fernando Carvalho, CEO da QR Capital.
Ethereum
O Ethereum é um software de código aberto baseado em blockchain, que tem sua própria criptomoeda chamada ether. É a segunda maior moeda digital em termos de capitalização de mercado, com quase US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,63 trilhão).
Foi criado em 2015 com a ideia de expandir o uso do blockchain para além do bitcoin e em aplicações mais amplas, o que o torna mais do que “apenas” uma criptomoeda. A oferta de ether não é limitada, e novos tokens são criados constantemente por meio de um processo de mineração semelhante ao do bitcoin.
Assim como todo o mercado de cripto, o ativo começou 2021 voando e depois encontrou alguns percalços. Chegou a ser negociado por US$ 4.132 em maio e, no dia 18 de agosto, valia pouco mais de US$ 3 mil. Mesmo assim, apresenta valorização superior a 300% no ano.
Outros ETFs
A B3 tem ainda outros três ETFs ligados ao mercado de criptoativos:
- A QR conta com o QBTC11, que é 100% lastreado em bitcoin e segue o CME CF Bitcoin Reference Rate;
- O BITH11, da Hashdex, que também busca espelhar a performance de BTC replicando o Hashdex Nasdaq Bitcoin Reference Price;
- E o HASH11, também gerido pela Hashdex, que replica o Nasdaq Crypto Index (NCI), índice que busca refletir globalmente o movimento do mercado de criptoativos.