Ibovespa fecha abaixo dos 100 mil pontos pressionado por petróleo e EUA

A piora no humor dos investidores locais também está relacionada ao movimento de venda de ações de tecnologia nos Estados Unidos

Plataforma da Petrobras na Bacia de Santos, no litoral do RJ
Petrobras: ações da companhia estão em queda com a dimunuição do preço dos combustíveis  • Foto: Pilar Olivares/Reuters
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O Ibovespa fechou em queda, abaixo do patamar dos 100 mil pontos, nesta quinta-feira (10), pressionado pelo mau humor nas bolsas dos Estados Unidos e correção no preço do petróleo.

O principal índice da bolsa brasileira terminou a sessão de hoje em queda de 2,43%, aos 98.834,59 pontos.

Além de queda nas bolsas dos Estados Unidos, o Ibovespa foi pressionado pela queda da Petrobras (PETR3) – de 3,65% – por causa da queda no preço do petróleo. 

Os papéis da Petrobras também refletem a diminuição do preço dos combustíveis. Nesta quinta, foi anunciada queda de 7% do óleo diesel, de 5% da gasolina e de 7,2% do diesel marítimo. As revisões passam a valer a partir da sexta (11) nas refinarias. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), essa queda significa que o litro do diesel vai ficar R$ 0,1223 mais barato e o da gasolina, R$ 0,0834.

O dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira, perto das máximas da sessão e depois de cair mais cedo, com a moeda ganhando tração especialmente durante a tarde conforme os mercados de risco no exterior pioraram o sinal.

A moeda americana subiu 0,38%, a R$ 5,32 na venda. A moeda oscilou entre queda de 0,57%, a R$ 5,2699 na venda, por volta de 11h, e alta de 0,47%, para R$ 5,325, a caminho do fechamento do pregão no mercado à vista.

Destaques

Além da Petrobras, os bancos puxaram os Ibovespa para baixo. O Bradesco (BBDC4) teve queda de 3,29%. O Santander (SANB11) caiu 3%, o Itaú (ITUB4) teve queda de 2,13% e o BTG Pactual (BPAC11) teve desvalorização de 2,92%. 

A ação de maior peso do Ibovespa, da Vale (VALE3), também caiu nesta quinta-feira. A desvalorização foi de 2,45%. A Gerdau (GGBR4) caiu 3,31%, a Usiminas (USIM5) teve desvalorização de 3,75% e a CSN (CSNA3) caiu 2,72%.

O GPA (PCAR3) disparou 14,8% após anunciar na véspera estudos para a cisão de seu braço de atacarejo Assaí e posterior listagem na B3 e em Nova York. Para a Guide Investimento, a operação permitirá que as companhias sigam estratégia independente de crescimento, com bancos conseguindo analisar o risco de crédito de cada negócio de forma separada.

A Gol (GOLL4) subiu 2,07%, em meio a dados sobre liquidez e receitas, incluindo que fechou agosto com cerca de R$ 2,1 bilhões em liquidez total e que o consumo líquido de caixa diário em agosto recuou 91% ante julho, a R$ 6 milhões. Na visão do Bradesco BBI, a Gol está no caminho de emergir da crise desencadeada pelo Covid-19. 

Bolsas internacionais

A piora no humor dos investidores locais também está relacionada ao movimento de venda de ações de tecnologia nos Estados Unidos. Os acionistas voltaram a se desfazer de papéis de grandes companhias nesta quinta, puxando os índices americanos para baixo. 

O Nasdaq caiu 1,99%, enquanto o S&P 500 recuou 1,6% e o Dow Jones, 1,45%. As ações da Apple caíam 3,2%. As da Tesla, por outro lado, se recuperam de queda de mais de 20% na terça e subiram 1,3%.

As principais bolsas de valores europeias fecharam em baixa nesta quinta-feira, depois de o Banco Central Europeu (BCE) manter as taxas de juros e dizer que as medidas de estímulo existentes seriam suficientes e provavelmente serão utilizadas na íntegra.

Em Londres, o índice Financial Times recuou 0,16%. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,21%.

Enquanto na China os índices devolveram os ganhos iniciais e fecharam em baixa, após reguladores agirem para conter a especulação no índice ChiNext. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,06%, enquanto o índice de Xangai teve queda 0,61%.

(Com Agência Estado e Reuters)

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