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    Carteira de dividendos: veja ações recomendadas por corretoras para maio

    Engie, Banco do Brasil e Petrobras dividem o posto de primeiro lugar entre as sugestões, com cinco indicações

    Artur Nicocelido CNN Brasil Business , em São Paulo

    A guerra entre a Rússia e a Ucrânia prejudicou o fornecimento de insumos e matérias-primas no exterior. E esse cenário de redução de oferta impulsionou os preços das commodities, puxando para cima o lucro de algumas companhias brasileiras. O movimento contribui na geração de proventos para os acionistas em maio.

    Gustavo Pazos, analista do time de research da Warren, afirmou que apesar de o último mês ter protagonizado diversas reduções nas cotações das commodities, principalmente o minério de ferro —por conta da desaceleração econômica na China devido o lockdown— o preço dos materiais básicos continuam bem acima das médias históricas, destacou o especialista.

    Já Phil Soares, chefe de análise da Órama, aponta que outros bons pagadores de dividendos são bancos e empresas de energia elétrica. Ele explica que ambos os setores são negócios estáveis e de lucratividade mais previsível, “mesmo em cenários ruins”. “Dessa forma, devem continuar pagando o mesmo patamar dos últimos anos”.

    O dividendo é uma parcela do lucro das companhias oferecida aos acionistas que pode ser paga de forma mensal, trimestral ou semestral.

    Carteira de dividendos

    Para a carteira de dividendos de maio, o CNN Brasil Business reuniu as recomendações de Warren, Órama, Terra, Planner, XP, NuInvest, Santander, BTG Pactual e Ativa.

    A Engie, o Banco do Brasil e a Petrobras dividiram o posto de primeiro lugar entre as sugestões, com cinco indicações.

    Veja o que especialistas comentaram sobre as companhias mais indicadas:

    Engie

    Ação: EGIE3

    Comentário: Órama

    A Engie é uma empresa com foco em geração de energia elétrica, mas também com participações em distribuição e em gás natural. Desde a privatização foi excelente pagadora de dividendos, bem como excelente alocadora de capital, entrando em projetos atípicos com alta taxa de retorno e tendo sucesso consistente.

    Além das boas perspectivas associadas às iniciativas recentes no mercado de gás e em eólicas, recomendamos a ação nesta carteira especialmente pelos proventos recorrentes que a companhia paga aos acionistas.

    Banco do Brasil

    Ação: BBAS3

    Comentário: BTG Pactual

    O Banco do Brasil cresceu menos que o sistema financeiro nos últimos anos, mas possui uma carteira de crédito mais defensiva, com menor exposição ao crédito sem garantias para pessoas físicas, o que permite o banco estar mais alinhado aos seus pares.

    Assumindo que o Banco do Brasil entregue seu guidance de lucro líquido de R$ 24,5 bilhões, a ação está sendo negociada a um P/L (preço sobre lucro – indicador que relaciona o valor de mercado de uma ação com o lucro apresentado de uma empresa) muito baixo em 2022.

    E apesar do risco eleitoral inerente devido à sua natureza estatal, acreditamos que as ações agora estão muito baratas para serem ignoradas.

    Petrobras

    Ação: PETR4

    Comentário: NuInvest

    Passando por mudanças expressivas em sua gestão desde 2016, com foco na gestão do portfólio e redução do endividamento, a Petrobras vem chamando bastante a atenção do mercado devido à forte geração de caixa e melhora de indicadores de qualidade. Negociando a um valuation atrativo, a cereja do bolo é a enorme distribuição de dividendos esperada para os próximos anos.

    Em comparação com pares internacionais, a Petrobras está negociando a múltiplos descontados, parte disso em função dos receios de interferência política em suas atividades. Com uma desalavancagem bem sucedida, boa geração de caixa e preços do petróleo elevados, a Petrobras voltou a pagar bons dividendos em 2021 e a expectativa é ainda melhor daqui para frente.

    A tese de investimento da Petrobras se resume nos seguintes pontos: venda de ativos e redução do nível de endividamento; aumento da produção de petróleo entre 2022-2026 conforme apontado em novo plano estratégico; robusta distribuição de proventos nos próximos anos; valuation descontado; e preços internacionais de petróleo bem acima dos US$ 60 por barril.

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