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Brics cobra financiamento do clima e reforça pacto com transição verde

Grupo defende fluxos financeiros previsíveis e adequados para nações em desenvolvimento

Vinícius Murad, da CNN
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Na declaração final da cúpula realizada no Rio de Janeiro neste domingo (6), os países do Brics reafirmaram seu compromisso com a transição energética e cobraram dos países desenvolvidos o cumprimento das promessas de financiamento climático.

A poucos meses da COP30, o grupo defendeu fluxos financeiros “previsíveis, adequados e oportunos” para nações em desenvolvimento.

O texto destaca o papel central da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima e do Acordo de Paris, e pede maior apoio técnico aos países do Sul Global.

Os líderes afirmam que a ação climática deve ser baseada em “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”. O trecho vai em linha com o que o Brasil tem defendido para a COP30.

A declaração também ressalta a importância da transição energética como motor de desenvolvimento. “Reconhecemos a necessidade de um crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, e do apoio à segurança energética e à resiliência climática, inclusive por meio do investimento em tecnologias limpas e infraestrutura verde”, diz o documento.

O grupo também apoiou a proposta de criação do Fundo Floresta Tropical para Sempre (TFFF), apresentado pelo Brasil. A iniciativa foi reconhecida como um mecanismo inovador para mobilizar financiamento de longo prazo voltado à conservação de florestas tropicais, com encorajamento à realização de doações ambiciosas por parte de parceiros internacionais.

O Brics reiteraram ainda o compromisso com a implementação das metas nacionais de redução de emissões (NDCs), reforçando a necessidade de uma transição “justa, equitativa e sustentável”.

O grupo pretende ampliar o uso de tecnologias limpas, com foco em energias renováveis, mobilidade elétrica e economia de baixo carbono.

A declaração foi divulgada neste domingo (6), no principal dia da reunião de cúpula entre os chefes de Estado dos países do bloco, incluindo Brasil, China, Índia, Rússia, África do Sul e novos membros como Emirados Árabes e Nigéria.

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