William Waack

Brics não conseguiria ajudar Brasil com tarifas dos EUA, diz Brustolin

Pesquisador de Harvard afirma que organização informal não tem coesão necessária para atuar em negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos

Da CNN
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A estratégia de buscar apoio dos países do Brics em meio às tensões comerciais com os Estados Unidos não seria uma alternativa viável para o Brasil, segundo análise de Vitelio Brustolin, pesquisador de Harvard e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), durante o WW.

O especialista destaca que os principais integrantes do Brics já estão em negociações individuais com os EUA sobre questões tarifárias. A China, por exemplo, recebeu uma proposta para quadruplicar suas importações de soja americana, o que poderia impactar negativamente o Brasil, atual fornecedor de 70% da soja consumida pelos chineses.

Brustolin aponta que o Brics enfrenta diversos conflitos internos entre seus membros. A Índia mantém disputas com a China, enquanto o Egito tem tensões com a Etiópia na Somália. Além disso, Irã e Arábia Saudita só estabeleceram relações diplomáticas em 2023.

Um fator crucial ressaltado pelo pesquisador é a natureza informal do Brics. A organização não possui sede, estatuto, regimento ou mesmo critérios definidos para ingresso de novos membros, o que limita sua capacidade de atuação em questões comerciais complexas.

O Mercosul, embora seja uma organização formal, também não foi considerado como alternativa viável. A Argentina, por exemplo, já conseguiu benefícios significativos em negociações bilaterais com os Estados Unidos, obtendo 80% de isenção nas tarifas.

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