Desafio é equilibrar dívida pública em relação ao PIB, diz Felipe Salto
Em entrevista à CNN, secretário da Fazenda de São Paulo comentou que o desafio imposto pela PEC da Transição está em como buscar equilíbrio entre dívida pública, que deve escalar significativamente se a proposta for aprovada, e a produção interna de renda
Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (28), o secretário da Fazenda de São Paulo, Felipe Salto, comentou que o desafio imposto pela PEC da Transição, apelidada de PEC do Estouro, está em como buscar um equilíbrio entre a dívida pública, que deve escalar significativamente se a proposta for aprovada, e o PIB (Produto Interno Bruto).
“Já há uma clareza de todas as partes que é preciso ter um gasto social maior nesse começo de governo”, declarou ele.
“Agora, a pergunta que se coloca — o maior desafio hoje — é como fazer com que a dívida pública fique equilibrada ao longo do tempo em relação à capacidade de geração de renda e riqueza, ou seja, a capacidade de pagamento do país, normalmente medida pelo Produto Interno Bruto.”
O secretário da Fazenda também avaliou a proposta alternativa de autoria do senador Tasso Jereissati (PSDB) como “muito bem feita”.
“A ideia de ter um furo no teto em R$ 80 bilhões ajuda na trajetória da dívida. Se a gente pensar no ponto de partida, de R$ 80 bilhões ou R$ 200 bilhões, a quantia faz diferença na trajetória do endividamento.”
Ele ainda avaliou que o nome do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), principal cotado ao Ministério da Fazenda, pode ser “positivo” pela experiência em gestão pública e formação acadêmica do petista.