William Waack

Diante do tarifaço, Brasil deveria "ficar quieto", avalia Lisboa

Ex-secretário do Ministério da Fazenda alerta para os riscos de retaliação tarifária e destaca a posição frágil do Brasil no comércio internacional

Da CNN
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O ex-secretário do Ministério da Fazenda, Marcos Lisboa, avalia que o Brasil deveria "ficar quieto" diante do recente tarifaço de Donald Trump contra o país.

Lisboa argumenta que o Brasil não tem "lugar de fala" nessa questão, destacando o histórico protecionista do país. "Quando o mundo se abriu para o comércio nos anos 90, a gente se abriu um pouquinho e ficou fechado. A gente está 30 anos parado", afirmou.

O economista ressaltou a posição frágil do Brasil no comércio global: "Nosso volume de comércio, exportações, exportações sobre o PIB, dá o quê? 24,5%. É um país muito fechado", disse Lisboa ao WW Especial.

Lisboa também apontou a discrepância entre o tamanho da economia brasileira e sua participação no comércio internacional. "O Brasil é a 11ª economia do mundo. A gente está lá entre 24° e 27° [em termos de comércio exterior]. Nós somos muito fechados", explicou.

Interferências políticas e barreiras comerciais

Além das questões comerciais, o ex-secretário criticou as interferências do Brasil na política de outros países, citando exemplos como o envolvimento em questões políticas da Argentina. "A gente se mete na política dos países", afirmou.

Lisboa também mencionou as barreiras comerciais impostas pelo Brasil, tanto tarifárias quanto não tarifárias, e os custos elevados associados ao comércio exterior no país.

Diante desse cenário, o economista concluiu que a melhor estratégia para o Brasil seria manter-se discreto nas discussões internacionais sobre tarifas, a fim de não prejudicar ainda mais sua posição econômica global.

WW Especial

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