Eletronuclear acerta empréstimo de R$ 800 mi para viabilizar renovação de Angra 1
Empréstimo foi uma solução de curto prazo para ajudar na concessão da licença para operação da usina por mais de 20 anos
A Eletronuclear acertou um empréstimo-ponte de 800 milhões de reais para pagar investimentos que estão sendo realizados na usina Angra 1 neste ano, como parte do processo de prorrogação da licença de operação do empreendimento, disse o presidente da empresa nuclear, Raul Lycurgo, nesta quinta-feira, após evento no Rio de Janeiro.
A companhia buscava recursos junto a seus acionistas, a estatal ENBPar e Eletrobras, mas esta última declinou, argumentando que esta obrigação não estava no contrato da desestatização.
“Solicitamos aos acionistas os recursos, meio a meio, mas Eletrobras disse que estava fora e não ia emprestar. Nós captamos 450 milhões no mercado e temos de pagar até dezembro de 2025”, disse.
O empréstimo foi uma solução de curto prazo para ajudar a destravar a concessão da licença para operação da usina por mais de 20 anos.
“Ao que tudo indica, nós teremos sim (a licença estendida). Tudo que a CNEM (Comissão Nacional de Energia Nuclear) demandou, nós passamos com sobras. Isso nos foi dito na reunião da semana passada”, disse ele a jornalistas em evento no Clube de Engenharia.
“Tudo levar a crer que estamos redondos para conseguir a extensão da vida útil agora em dezembro por mais 20 anos”, adicionou ele.
Havia preocupações sobre a operação porque a ENBPar, que passou a ser a controladora da Eletronuclear após a privatização da Eletrobras, não tem histórico de crédito para tomar empréstimos relevantes.