CNN Brasil Money

Empréstimo bilionário não resolverá crise dos Correios, diz Marcus Pestana

Marcus Pestana, ex-integrante do Conselho de Administração dos Correios, alerta que empresa enfrenta falência do modelo de negócio devido à obsolescência tecnológica

Da CNN Brasil
Compartilhar matéria

O empréstimo bilionário de R$ 20 bilhões proposto para os Correios possivelmente não será suficiente para resolver a crise financeira da estatal, alerta Marcus Pestana, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente e ex-integrante do Conselho de Administração dos Correios.

Segundo Pestana, existem dois aspectos distintos na atual situação dos Correios: um déficit de caixa imediato, considerado uma questão conjuntural de curto prazo, e um problema estrutural mais grave relacionado à falência do modelo de negócio da empresa. "Não adianta fazer um empréstimo se o futuro não corrigir os problemas do passado", afirma o diretor-executivo.

Obsolescência tecnológica

O especialista aponta que o modelo de negócio dos Correios, estabelecido em 1969, está ultrapassado devido à evolução tecnológica. Com o advento da internet, e-mails e mensagens instantâneas, serviços tradicionais como telegramas e cartas perderam relevância, afetando significativamente a operação da estatal.

Na avaliação de Pestana, o único segmento remanescente para os Correios é o setor de encomendas, onde a empresa compete com a iniciativa privada através do SEDEX. "Precisa ter uma estatal para garantir ao brasileiro a eficiência no setor de encomendas? Eu creio que não", argumenta.

Risco ao contribuinte

O especialista ressalta que, sem uma correção dos problemas estruturais, o empréstimo pode resultar em prejuízo para o contribuinte brasileiro. A empresa vem perdendo participação no mercado de encomendas, e não há indícios de que o futuro trará soluções para os problemas enfrentados pela estatal.

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.
Acompanhe Economia nas Redes Sociais