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Faturamento industrial cai 5,3% em agosto e emprego fica estagnado, diz CNI

Mesmo com a quarta queda no indicador em seis meses, o desempenho de janeiro a agosto deste ano ainda é 2,9% melhor que o registrado nos primeiros oito meses de 2024

Eduardo Rodrigues, do Estadão Conteúdo
Fábrica de alumínio em Pindamonhangaba, SP
Fábrica de alumínio em Pindamonhangaba, SP  • 19/06/2015REUTERS/Paulo Whitaker
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O faturamento das fábricas brasileiras caiu 5,3% em agosto, segundo os Indicadores Industriais divulgados nesta terça-feira (7) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). O desempenho negativo em relação a julho já considera os dados dessazonalizados.

Na comparação com agosto do ano passado, a queda nas vendas do setor foi de 7,6%.

Mesmo com a quarta queda no indicador em seis meses, o desempenho de janeiro a agosto deste ano ainda é 2,9% melhor que o registrado nos primeiros oito meses de 2024.

Segundo a especialista em Políticas e Indústria da CNI, Larissa Nocko, a tendência de queda no faturamento industrial é consequência de vários fatores. "O primeiro deles é o patamar elevado dos juros, que impacta o crédito e o crescimento econômico, como um todo.

Um segundo elemento é a entrada de bens importados, especialmente de bens de consumo, capturando boa parte do mercado consumidor da indústria nacional e prejudicando o setor.

Além disso, a valorização do real torna os produtos brasileiros mais caros lá fora, impactando as empresas exportadoras", afirmou, em nota.

As horas trabalhadas na indústria caíram 0,3% na passagem de julho para agosto, com queda de 1,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2025, ainda há crescimento de 1,6% no tempo gasto na produção.

A Utilização da Capacidade Instalada no setor aumentou 0,2 ponto porcentual em agosto, para 78,7%. No oitavo mês de 2024, estava 79,0%.

Já o emprego industrial ficou estagnado pelo quarto mês consecutivo. Na comparação com agosto do ano passado, o crescimento é de 1,5%, com alta de 2,2% no acumulado de 2025 em relação ao mesmo período de 2024.

Em paralelo, a massa salarial real na indústria caiu 0,5% no mês e recua 2,0% no ano, enquanto o rendimento médio real dos trabalhadores do setor tem quedas de 0,6% e 4,1%, respectivamente.

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