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Governo: Despesas com previdência e assistência seguem trajetória de alta

Projeções mostram que, mesmo com o arcabouço fiscal, a rigidez orçamentária tende a se intensificar

Cristiane Noberto e Gabriel Garcia, da CNN, em Brasília
Pelas projeções do marco orçamentário de médio prazo, as despesas primárias passarão de R$ 3,195 trilhões em 2026 para R$ 3,839 trilhões em 2029  • 02/09/2020REUTERS/Adriano Machado
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O PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) 2026 reforça a tendência de expansão dos gastos obrigatórios da União, sobretudo em Previdência e Assistência Social. Pelas projeções do marco orçamentário de médio prazo, as despesas primárias passarão de R$ 3,195 trilhões em 2026 para R$ 3,839 trilhões em 2029.

A Previdência Básica continuará como principal fonte de pressão, subindo de R$ 1,08 trilhão para R$ 1,31 trilhão no período.

Na assistência, o crescimento é ainda mais acelerado: a despesa com pessoas com deficiência deve avançar 58% (de R$ 67,8 bilhões para R$ 107,2 bilhões) e a destinada a pessoas idosas sobe de R$ 54,6 bilhões para R$ 63,9 bilhões.

A área de saúde também mostra trajetória de alta. A assistência hospitalar e ambulatorial passa de R$ 107,1 bilhões em 2026 para R$ 131 bilhões em 2029, enquanto a atenção básica cresce de R$ 45,7 bilhões para R$ 54,5 bilhões.

Na educação, as transferências para a educação básica sobem de R$ 190,2 bilhões para R$ 230,6 bilhões, e o ensino superior avança de R$ 48,2 bilhões para R$ 61,1 bilhões.

As projeções mostram que, mesmo com o arcabouço fiscal, a rigidez orçamentária tende a se intensificar. O espaço para despesas discricionárias e novos investimentos continuará comprimido, ao passo que o governo projeta um superávit primário de 0,25% do PIB em 2026.

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