Governo: Despesas com previdência e assistência seguem trajetória de alta
Projeções mostram que, mesmo com o arcabouço fiscal, a rigidez orçamentária tende a se intensificar

O PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) 2026 reforça a tendência de expansão dos gastos obrigatórios da União, sobretudo em Previdência e Assistência Social. Pelas projeções do marco orçamentário de médio prazo, as despesas primárias passarão de R$ 3,195 trilhões em 2026 para R$ 3,839 trilhões em 2029.
A Previdência Básica continuará como principal fonte de pressão, subindo de R$ 1,08 trilhão para R$ 1,31 trilhão no período.
Na assistência, o crescimento é ainda mais acelerado: a despesa com pessoas com deficiência deve avançar 58% (de R$ 67,8 bilhões para R$ 107,2 bilhões) e a destinada a pessoas idosas sobe de R$ 54,6 bilhões para R$ 63,9 bilhões.
A área de saúde também mostra trajetória de alta. A assistência hospitalar e ambulatorial passa de R$ 107,1 bilhões em 2026 para R$ 131 bilhões em 2029, enquanto a atenção básica cresce de R$ 45,7 bilhões para R$ 54,5 bilhões.
Na educação, as transferências para a educação básica sobem de R$ 190,2 bilhões para R$ 230,6 bilhões, e o ensino superior avança de R$ 48,2 bilhões para R$ 61,1 bilhões.
As projeções mostram que, mesmo com o arcabouço fiscal, a rigidez orçamentária tende a se intensificar. O espaço para despesas discricionárias e novos investimentos continuará comprimido, ao passo que o governo projeta um superávit primário de 0,25% do PIB em 2026.


