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Lula: Guerra comercial eleva preços e corrói a renda dos mais vulneráveis

Em Pequim, o presidente brasileiro defendeu o multilateralismo para evitar políticas protecionistas ao redor do mundo

Fabrício Julião, da CNN
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou nesta terça-feira (13) em defesa do fim das "guerras comerciais" no mundo, em um momento em que houve trégua entre Estados Unidos e China. O chefe do Executivo brasileiro está em Pequim e assinou cerca de 30 atos bilaterais com o governo chinês.

"Guerras comerciais não têm vencedores. Elas elevam os preços, deprimem as economias e corroem a renda dos mais vulneráveis em todos os países. O presidente Xi Jinping e eu defendemos um comércio justo, baseado nas regras da Organização Mundial do Comércio", disse o petista.

Lula também defendeu mudanças nas diretrizes internacionais de cooperação entre os países, e citou a necessidade de evitar políticas protecionistas.

"Há anos a ordem internacional demanda reformas profundas. Nos últimos meses o mundo se tornou mais imprevisível, instável e fragmentado. China e Brasil estão determinados a unir suas ordens contra o unilateralismo e o protecionismo. A defesa intransigente do multilateralismo é uma tarefa urgente e necessária", acrescentou.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em abril tarifas recíprocas contra a maioria dos países com quem os americanos fazem acordos comerciais. Os mais afetados foram os que possuem superávit na balança com os EUA -- o que causou reação de alguns deles, como a China.

Após semanas de escalada na tensão entre os dois países, China e Estados Unidos concordaram em reduzir as tarifas sobre os produtos um do outro por um período inicial de 90 dias.

 

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