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Mercosul e Emirados Árabes fazem nova rodada de negociações para acordo

Tratativas envolvem reuniões de grupos técnicos voltados a comércio de bens, regras de origem, serviços, assuntos institucionais e jurídicos

Gabriel Garcia, da CNN Brasil, Brasília
Negociações para acordo comercial começaram em 2024  • Ricardo Stuckert/PR
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Delegações do Mercosul e dos Emirados Árabes Unidos realizam, em Brasília, entre os dias 4 e 7 de novembro, a quarta rodada de negociações para o acordo de livre comércio entre o bloco e o país árabe.

As tratativas acontecem no Itamaraty e reúnem os negociadores-chefes de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e dos EAU, com reuniões de grupos técnicos voltados a comércio de bens, regras de origem, serviços, assuntos institucionais e jurídicos.

As negociações para o acordo comercial começaram em 2024 e avançaram rapidamente entre os dois lados.

Segundo relatos feitos ao CNN Money por autoridades diretamente envolvidas nas tratativas, há uma possibilidade de fechamento do acordo ainda neste ano, pois as divergências afunilaram em poucas questões.

A principal delas, segundo as fontes, é o pleito dos Emirados Árabes de zerar as tarifas de importação do Mercosul para cerca de duas dezenas de petroquímicos.

É um segmento no qual os árabes -- grandes produtores de petróleo -- são altamente competitivos e a indústria brasileira tem especial sensibilidade para se proteger da competição externa.

Segundo dados do governo brasileiro, a corrente comercial entre Brasil e Emirados somou US$ 5,4 bilhões em 2024, com superávit de US$ 3,6 bilhões para o lado brasileiro.

Os principais produtos de exportação do Brasil para os Emirados Árabes são carne de frango, carne bovina e açúcar. Na direção contrária, as maiores importações são de petróleo, ureia, enxofre e peças para aeronaves.

Recentemente, os dois países ampliaram a cooperação em diferentes setores, e as diplomacias de ambos já classificam a relação como de parceria estratégica e confiável.

Além do comércio crescente, um dos pontos altos da relação bilateral são os investimentos dos Emirados Árabes no Brasil. Empresas e fundos como Mubadala, Abu Dhabi Investiment Group (ADIG), Edge Group e DP World têm aumentado rapidamente sua presença no país.

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