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Ministério da Agricultura confirma abertura de 4 mercados da China para produtos brasileiros

Desde 2023, país já conquistou 281 mercados agropecuários

Por Fernanda Trisotto, do Estadão Conteúdo
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República Popular da China, Xi Jinping. Sessão I do Diálogo de Amigos do BRICS, BRICS-Africa Outreach e BRICS Plus. Sandton Convention Centre, Joanesburgo - África do Sul.
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República Popular da China, Xi Jinping.Sessão I do Diálogo de Amigos do BRICS, BRICS-Africa Outreach e BRICS Plus.Sandton Convention Centre, Joanesburgo - África do Sul.  • 24/08/2023 - Ricardo Stuckert/PR
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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou nesta quarta-feira (20), que a China abriu quatro mercados para produtos da agropecuária brasileira entre os acordos firmados mais cedo pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping.

Desde 2023, o Brasil já conquistou 281 mercados agropecuários.

De acordo com o Mapa, os quatro protocolos firmados com a Administração Geral de Aduana da China (GACC) estabelecem os requisitos fitossanitários e sanitários para a exportação dos produtos e a pauta diversificada vai beneficiar produtores de diferentes regiões do Brasil, já que uvas frescas, gergelim, sorgo e farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal poderão ser comercializados na China.

O ministro Carlos Fávaro, que participou da cerimônia, destacou a boa relação diplomática entre os dois países.

"O Brasil já se mostrou um país confiável na posição de maior fornecedor de alimentos e energia renovável e podemos continuar ampliando cada vez mais as parcerias, pois temos gente vocacionada, tecnologia e condições de intensificar nossa produção com sustentabilidade", destacou.

A estimativa da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa é de que, considerando a demanda chinesa por produtos e a participação do Brasil nesses mercados, o potencial comercial é de cerca de US$ 450 milhões por ano.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua, pondera que, se levar em conta outras variantes de mercado, esse potencial comercial ultrapassa os US$ 500 milhões anuais.

Ainda segundo Rua, só os quatro produtos fruto do acordo firmado nesta quarta-feira representam US$ 7 bilhões em importações para a China. O país é o maior importador de gergelim do mundo e o Brasil ocupa a sétima posição nas exportações desse produto.

A China também é o maior importador de farinha de pescado do mundo. Para este produto e para o sorgo, o Brasil ainda pode ampliar sua participação nas exportações.

No caso das uvas frescas, a China é um grande consumidor de uvas premium e importou mais de US$ 480 milhões deste produto no ano passado.

De acordo com o Mapa, as uvas frescas de mesa devem ser exportadas, majoritariamente, dos estados de Pernambuco e da Bahia.

"Pomares, casas de embalagem e instalações de tratamento a frio devem cumprir boas práticas agrícolas e ser registrados no Mapa", diz a Pasta.

Para as empresas exportadoras de farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal é preciso implementar o sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) ou sistema de gerenciamento com base nos princípios da APPCC, ter sistema para garantir o recall e a rastreabilidade dos produtos, com aprovação do lado brasileiro e registro pelo lado chinês, que terá validade de 5 anos.

As matérias-primas devem ser provenientes de pescado (exceto mamíferos marinhos) capturados na zona marítima doméstica ou em mar aberto e da criação de pescado em cativeiro, ou de subprodutos de pescado provenientes de estabelecimentos que manuseiam pescado para consumo humano.

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