Negócios no setor de saúde não devem representar prejuízo a clientes, dizem especialistas
Movimentações envolvendo a SulAmerica e Amil, no início deste ano, são 'normais' no setor, que conta com regulação específica, além da atuação de órgão de direito do consumidor e da justiça
O setor de saúde passa por um processo de consolidação que se intensificou na pandemia. Só neste ano, negociações envolvendo a seguradora SulAmérica e o Grupo Amil colocaram em alerta cerca de 13 milhões de clientes das duas empresas. Para especialistas ouvidos pelo CNN Brasil Business, as movimentações “são normais” neste mercado, desafiado por custos e riscos elevados, e não devem representar perdas para os usuários.
No entanto, em caso de prejuízo, eles destacam mecanismos e leis nos quais os consumidores podem se apoiar. Além de o setor ter uma agência reguladora específica, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os planos de saúde são produtos cobertos por uma série de leis e regras que buscam proteger e orientar os usuários.
Em relação ao negócio envolvendo a SulAmérica, a empresa anunciou em 23 de fevereiro deste ano um acordo de compra pela Rede D’Or, do setor hospitalar, sendo uma mudança de controle societário, e não de posse de carteiras de planos de saúde.
Em nota, a SulAmérica afirmou que a negociação ainda precisa ser autorizada pelos acionistas das duas companhias e pelos órgãos reguladores competentes, e que “o cliente SulAmérica continuará usando seus produtos e serviços da mesma forma que usa atualmente”.
“A SulAmérica mantém seus compromissos com seus mais de 7 milhões de clientes com o apoio dos seus 4 mil colaboradores, 36 mil corretores e parceiros comerciais, além dos 1200 hospitais e 23 mil prestadores de saúde presentes em sua rede assistencial”.
Já no caso da Amil, que tem 5,6 milhões de clientes, a empresa realizou uma transferência para a sua subsidiária APS de uma carteira de cerca de 340 mil usuários de planos individuais nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.
A mudança foi analisada e autorizada pela ANS em dezembro de 2021, e concluída em 1º de janeiro de 2022. À CNN Brasil, a Amil disse que “não houve nenhuma modificação de rede credenciada e de contrato vigente com os beneficiários em função da transferência de carteira”.
Entretanto, o caso ganhou um novo capítulo em fevereiro deste ano, quando a ANS suspendeu uma tentativa da controladora da Amil, a UnitedHealth, de se retirar do quadro societário da empresa, ao mesmo tempo em que a Amil e outra operadora do grupo, a Santa Helena, deixariam o quadro de sócios da APS.
A suspensão ocorreu, segundo a ANS, porque a agência não recebeu nenhum pedido de alteração de estrutura societária.
Desde então, foi aberto um processo administrativo para esclarecer o caso, e posteriormente a agência poderá autorizar, ou não, a mudança societária. Na fase atual, as empresas tiveram até a quinta-feira (17) para esclarecer informações e enviar documentos solicitados.
Dentre os documentos estão um lado de fundamentação para preço da venda, descrição de serviços fornecidos pela APS e por terceiros, demonstração de capacidade de atendimento da APS em relação aos serviços a serem prestados e demonstração de capacidade financeira de operação.
“A APS continua sob o controle da Amil e a Amil continua sob o controle do UnitedHealth Group. Todos os beneficiários de planos individuais transferidos da Amil para a APS permanecem sob a responsabilidade da APS e a APS permanece integrando o Grupo Amil, logo, todos os beneficiários permanecem sob a responsabilidade do Grupo Amil”, diz a agência.
Outro problema foi que alguns detentores dos planos de saúde que migraram para a APS começaram a reclamar de redução da rede de atendimento. Em 14 de março, a ANS convocou a Amil e a APS para apresentar um plano de ação para todos os clientes transferidos.
O plano, apresentado na quarta-feira (16), inclui ações como redução de tempo para autorização de cirurgias eletivas, retirada temporária de autorização prévia para liberação de exames laboratoriais, redirecionamento dos beneficiários transferidos para o portal da Amil, reforço de comunicação com os beneficiários e atualização da base de prestadores não hospitalares da APS no portal.
Em relação a mudanças na rede credenciada, a Amil disse que não houve “nenhum ajuste atípico”, mas sim movimentações tradicionais a cada ano e que seguiram as normas da ANS.
À CNN, a ANS afirmou que “continuará monitorando os prazos de atendimento e a assistência conferida aos clientes, bem como todos os processos e exigências que precisam ser cumpridos pelas empresas no âmbito da regulação.
“A agência tem afirmado que não pode haver, em hipótese alguma, a interrupção da prestação de assistência aos beneficiários da carteira da APS, principalmente aos que estejam em regime de internação hospitalar ou em tratamento continuado”.
A orientação da ANS é que usuários que tenham problemas procurem primeiro a Amil. Caso não haja solução, é possível registrar reclamação junto à agência.
Relembre os principais fatos de saúde em 2021
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7 de janeiro de 2021: País atinge as 200 mil mortes por Covid-19 e torna-se o segundo país do mundo com maior número de óbitos – ficando atrás somente dos Estados Unidos. A média diária de mortos foi 741 para quase três mil. • Barcroft Media via Getty Images
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14 de janeiro de 2021: O estoque de oxigênio em Manaus esgota e o sistema de saúde da cidade entra em colapso. Diversos pacientes com Covid-19 em estado grave morreram pela falta do insumo. Entre os dias 15 e 19 de janeiro, pelo menos 30 pessoas faleceram por falta de oxigênio. • Foto: MAT / Divulgação
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15 de março de 2021: O general Eduardo Pazuello deixa o cargo de Ministro da Saúde e o médico Marcelo Queiroga assume o posto. Assim, Marcelo torna-se o quarto ministro da saúde durante pandemia. • Jefferson Rudy/Agência Senado
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16 de março: De acordo com a Fiocruz, o país vive o maior colapso do sistema de saúde de toda a história do Brasil. São 24 estados mais o Distrito Federal que possuem taxas de ocupação de leitos de UTIs iguais ou superiores a 80%. • Foto: Reprodução/CNN
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8 de abril de 2021: O Brasil bateu novo recorde de mortes por Covid-19 registradas em 24 horas. Foram 4.249. O total de vítimas durante toda a pandemia de Covid-19 subiu para 345.025. Foram confirmados no mesmo período 86.652 novos diagnósticos positivos
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27 de abril de 2021: O Senado instalou a CPI da COVID-19, Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar ações e omissões do governo federal e eventuais desvios de verbas federais enviadas aos estados para o enfrentamento da pandemia. • Foto: Pedro França/Agência Senado
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29 de abril de 2021: O Brasil bateu a marca dos 400 mil mortos pela Covid-19. Com 3.001 novos óbitos registrados neste dia, o total de pessoas que perderam a vida para o novo coronavírus chegou a 401.186. • Foto: Amanda Perobelli/Reuters (22.mai.2020)
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04 de maio de 2021: Morre o ator Paulo Gustavo, aos 42 anos, vítima da Covid-19. Ele estava internado em um hospital no Rio de Janeiro • Foto: Reprodução/Instagram
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2 de junho de 2021: De acordo com um levantamento da Associação Brasileira Transplante Órgãos (ABTO), o número de doadores de órgãos caiu 26% no país em 2021 devido à pandemia de Covid-19. • Breno Esaki/Agência Saúde DF
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11 de junho: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a indicação da vacina Comirnaty, da Pfizer, para crianças com 12 anos de idade ou mais. Com isso, a bula da vacina passou a indicar esta nova faixa etária para o Brasil. • Breno Esaki/Agência Saúde DF
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18 de junho de 2021: A variante Delta da Covid-19, identificada pela primeira vez na Índia, está se tornando a variante da doença dominante no mundo, disse a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS). • Getty Images
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18 de junho de 2021: O Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro (Sindenfrj) recebeu relatos de profissionais que atuam nos postos de vacinação sobre a rejeição da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca. • REUTERS/Dado Ruvic
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19 de junho de 2021: O Brasil ultrapassou a marca de 500 mil mortos pela Covid-19, se tornando o segundo país no mundo com o maior número de vítimas da Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, que registram 601.574 mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. • Foto: Ricardo Moraes/Reuters
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19 de junho de 2021: Um grupo de cientistas brasileiros da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto D’Or de Pesquisa descreveu pela primeira vez como o SARS-CoV-2 invade as células neuronais e provoca danos ao cérebro.Parágrafo RemoveImagens • Getty Images
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23 de junho de 2021: Cerca de 10% da população em todo o mundo, o equivalente a mais de 782 milhões de pessoas, está totalmente vacinada contra a Covid-19, de acordo com Our World in Data. Mas a cobertura de vacinação varia muito por região e por nível de renda de um país. • REUTERS/Pilar Olivares
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10 de julho de 2021: O levantamento feito pelo Ministério da Saúde informa que subiram de 165 para 179 os casos de Covid-19 entre 11 de junho e 10 de julho entre os participantes da Copa América. • REUTERS/Henry Romero (10/07/2021)
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9 de agosto de 2021: O novo relatório epidemiológico da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) revela que a variante Delta do coronavírus já é a dominante em todo o mundo. Globalmente, ela foi identificada em quase 90% das amostras sequenciadas. • Getty Images
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10 de agosto de 2021: Pela primeira vez em 2021, todos os estados brasileiros apresentaram boletins com ocupação de leitos de UTI para Covid-19 inferior a 80% em unidades públicas. • REUTERS/Carlos Osorio
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12 de agosto de 2021: O ator Tarcísio Meira morreu no dia 12/08 aos 85 anos, vítima da Covid-19. A informação foi confirmada pela assessoria do ator. Tarcísio estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, ao lado da esposa Glória Menezes, de 86 anos.
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20 de agosto de 2021: O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) a redução do intervalo entre a primeira e a segunda dose das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca na capital paulista. • CNN/Reprodução
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24 de agosto de 2021: Um amplo estudo global realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Imperial College de Londres revelou um retrato preocupante da pressão alta no mundo. Em cerca de 30 anos, o número de pessoas vivendo com hipertensão no planeta dobrou. • Foto: Getty Images (PeopleImages)
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29 de agosto de 2021: O Brasil registrou 1.573 casos de Covid-19 ocasionados pela variante Delta, altamente contagiosa. Os dados são do balanço do Ministério da Saúde divulgados no dia 29/08, a partir da notificação das secretarias estaduais de Saúde. • Breno Esaki/Agência Saúde DF
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5 de setembro de 2021: Agentes da Polícia Federal interromperam, a pedido a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a partida entre Brasil e Argentina, válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Isso porque quatro jogadores argentinos furaram a quarentena imposta pelo governo brasileiro por causa da pandemia da Covid-19. A partida foi oficialmente suspensa posteriormente. • REUTERS/Amanda Perobelli
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6 de setembro de 2021: O Brasil registrou 182 mortes e 9.154 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) no dia 6/09. Este é o menor número de óbitos registrados pela pandemia desde 15 de novembro de 2020, quando o país teve 140 mortes. • Amanda Perobelli - 03.jun.2020 / Reuters
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6 de setembro de 2021: A agência reguladora de medicamentos do Chile aprovou o uso da Coronavac, vacina contra Covid-19 produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac, para uso em crianças com mais de 6 anos. • Breno Esaki/Agência Saúde DF
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15 de setembro de 2021: o Ministério da Saúde recomendou a suspensão da vacinação contra Covid-19 de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades no país. A recomendação surgiu em uma nota técnica divulgada no dia 15/09. • 18/08/2021 REUTERS/Adriano Machado
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28 de setembro de 2021: A campanha de vacinação com doses de reforço contra a Covid-19 será ampliada para pessoas acima de 60 anos no Brasil. A partir das próximas remessas, os estados e o Distrito Federal receberão doses para vacinar mais uma vez as pessoas com 60 anos ou mais. • Valter de Paula/Secom/PMU
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1 de outubro de 2021: Os Estados Unidos ultrapassaram, no dia 1/10, a marca de 700 mil mortes causadas pela Covid-19, 108 dias após atingir as 600 mil mortes. O país já somava 700.258 óbitos e 43.615.149 infecções geradas pela doença, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, na data. • Reuters
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1 de outubro de 2021: Um levantamento da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indicou que, em 2020, o número de mamografias realizadas por mulheres entre 50 e 69 anos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foi de 1,1 milhão – em 2019, foram 1,9 milhão. • Claudio Vieira/PMSJC
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5 de outubro de 2021: Com 46,8% de cobertura vacinal completa, a prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, publicou, no dia 5/10, um decreto desobrigando o uso de máscara facial no município. • Raul Santana
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7 de outubro de 2021: O Brasil atingiu no dia 7/10 a marca de 600 mil mortes causadas pela Covid-19, segundo dados levantados pela Agência CNN com as secretarias estaduais de saúde. Ao todo, o Brasil somava 600.067 vítimas na pandemia na data. • Foto: ONG Rio de Paz
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14 de outubro de 2021: A pandemia de Covid-19 reverteu anos de progresso global no combate à tuberculose e, pela primeira vez em mais de uma década, as mortes por esta doença aumentaram, de acordo com o Global Tuberculosis Report 2021 da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado no dia 14/10. • Foto: Joel Bubble Ben/Shutterstock
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20 de outubro de 2021: O Brasil alcançou, nesta quarta-feira (20), a marca de 50% da população geral com vacinação completa contra a Covid-19. A informação é de um levantamento realizado pela Agência CNN com base em dados das secretarias estaduais de Saúde de todo o país. • REUTERS/Sumaya Hisham
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25 de outubro de 2021: O Facebook e o Instagram excluíram a live do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No vídeo, o presidente associa a vacinação contra a Covid-19 ao desenvolvimento do vírus da Aids.
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01 de novembro de 2021: O número de pessoas que morreram de Covid-19 em todo o mundo ultrapassou os 5 milhões, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins (JHU). • Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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18 de novembro de 2021: Academia Nacional de Medicina alerta para necessidade de desenvolver vacinas mais potentes e possibilitar que países de baixa renda possam fazer os próprios imunizantes. Uma pandemia de gripe como a de 1918 poderia ser ainda pior do que a da Covid-19, e o mundo não está pronto para enfrentá-la, de acordo com a agência. • Unsplash
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24 de novembro de 2021: Um estudo publicado na revista Nature Communications indicou que vírus quase idênticos ao SARS-CoV-2 (com correspondência de 92,6% de suas identidades nucleotídicas) foram encontrados em amostras de 2010 provenientes de dois morcegos do Camboja, país do sudeste asiático. • Foto: Reprodução
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24 de novembro de 2021: Identificada pela primeira vez em Botsuana, no sul da África, a B.1.1.529 tem preocupado cientistas por ter muitas mutações que podem conferir vantagens ao vírus. A cepa também foi encontrada na África do Sul e em Hong Kong Identificada pela primeira vez em Botsuana, no sul da África, a B.1.1.529 tem preocupado cientistas por ter muitas mutações que podem conferir vantagens ao vírus. A cepa também foi encontrada na África do Sul e em Hong Kong • REUTERS/Dado Ruvic
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26 de novembro de 2021: A linhagem B.1.1.529 do novo coronavírus foi classificada como variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão é fruto de uma reunião de urgência convocada pelo grupo de trabalho sobre a Covid-19 da OMS. No comunicado, a OMS também definiu o nome técnico da nova variante: Ômicron. • 02/02/2020 REUTERS/Denis Balibouse
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27 de novembro de 2021: O Brasil proibiu voos com destino ao país que tenham origem ou passagem pela República da África do Sul, República de Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue. • Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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2 de dezembro de 2021:
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, anunciou cancelamento do Réveillon na capital paulista. Nunes estava em viagem a Nova York acompanhado do governador do estado de SP, João Doria (PSDB), e confirmou o cancelamento em uma entrevista coletiva. • Marcelo Pereira/SECOM
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3 de dezembro de 2021: O Boletim InfoGripe da Fiocruz indicou que 13 dos 27 estados tiveram sinais de crescimento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Diferentemente do boletim anterior, o aumento dos casos foi constatado em todas as faixas etárias abaixo dos 60 anos. A Fiocruz, no entanto, ressaltou que foi um crescimento leve de casos, podendo ser compatível com um cenário de oscilação, para mais, em torno de uma situação estável, mas que é preciso acompanhar com cautela se é uma tendência a longo prazo ou algo pontual. • Getty Images (PeopleImages)
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6 de dezembro de 2021: Interrupções na saúde ligadas à pandemia do novo coronavírus fizeram com que a malária causasse 69 mil mortes a mais em 2020, em comparação com o ano anterior. Entretanto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) que declarou que o pior cenário foi evitado. • Foto: James Gathany/CDC
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10 de dezembro de 2021: O site do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br/) sofreu um ataque hacker na madrugada e saiu do ar. Segundo a mensagem publicada no endereço, “dados internos dos sistemas foram copiados e excluídos”. • Getty Images
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13 de dezembro de 2021: Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, afirmou que uma pessoa já morreu em consequência da Ômicron na Inglaterra • Jeremy Selwyn - WPA Pool/Getty Images
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15 de dezembro de 2021: Uma pesquisa da Fundação do Câncer mostra que 65,7% das mulheres com diagnóstico de câncer de mama, sem plano de saúde, demoram mais de 60 dias para iniciar o tratamento da doença, tempo limite indicado por especialistas. • Reprodução
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16 de dezembro de 2021: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade no Brasil. A decisão foi divulgada após avaliação técnica do pedido submetido pela farmacêutica no dia 12 de novembro. • REUTERS/Rodrigo Garrido
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16 de dezembro de 2021: O estado da Bahia registrou a primeira morte relacionada ao subtipo H3N2 do vírus da gripe Influenza A. De acordo com as secretarias de Saúde da cidade e do estado, a vítima, que faleceu por conta de complicações provocadas pela variante do vírus da gripe, era uma idosa de 80 anos.
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Situação do setor
Kloh vê o caso da Amil com preocupação. No entanto, ele diz acredita que a ANS vai exigir garantias mínimas da operadora, sob pena de a carteira voltar para a Amil. “A APS deve conseguir cumprir, no papel, mas não tem como garantir a qualidade”, afirma.
Ele também adverte para um sistema que mostra “insustentável”. “A base de usuários não é muito grande, mas o custo do sistema é muito alto, em especial do ponto de vista de risco versus custo”.
Já Alessandro Toledo vê um processo natural de ascensão de grupos maiores absorvendo empresas menores, que não têm mais condições de subsistir.
No caso da Amil, ele destaca a mudança de titularidade de carteira de uma empresa maior e com mais recursos para outra bem menor, com menos capacidade e experiência, que até então tinha cerca de 10 mil beneficiários.
“O investimento [da United, acionista majoritária da Amil e da APS] não está tendo o retorno esperado, por uma série de razões, como falha de condução de operações, falta de controle de sinistralidade. A sinalização é que a United estaria disposta a sair do Brasil”, avalia.
Mas mesmo esses planos agora precisarão ficar em pausa, e aguardar a próxima decisão da ANS.
Já no caso da SulAmérica, ele avalia que “as aquisições são bem-vindas”. “Quando tem operadora com atendimento mais restrito e ela é adquirida por uma maior, a expectativa é ter acesso a mais serviços. Mas tem que ficar preocupado se os direitos serão garantidos, sem descontinuidade, e para isso tem a lei dos planos de saúde, a regulação de ANS”.
O que diz a legislação
Alessandro Acayaba de Toledo, presidente da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB), afirma que toda mudança de carteira de planos de saúde ou de composição societária de empresa do setor passa pela análise e aprovação da ANS.
O objetivo, segundo ele, é “verificar as condições dos novos acionistas e se [o grupo em questão] tem capacidade técnica e financeira de manter a empresa em seus padrões”.
Segundo ele, movimentações de titularidade não mudam necessariamente a prestação dos serviços, já que a lei não permite isso. Ou seja, os direitos dos beneficiários permanecem os mesmos.
Caso a nova controladora da empresa ou carteira de planos exclua um hospital, médico ou laboratório da rede, ela é obrigada pelas normas da ANS a substituir por um equivalente.
“Se as regras são descumpridas, [o usuário] pode buscar seus direitos junto à própria ANS, e até o Judiciário”, diz.
O professor da FGV Direito Rio, Gustavo Kloh, afirma que a verificação de mudanças nas redes de planos é, em geral, mais difícil de ser feita em grandes cidades do que em locais menores.
Em cidades menores, a rede já é pequena, e a perda de um hospital ou médico é percebida e comprovada de forma mais simples. Já em cidades maiores, em especial capitais, as mudanças de rede são muito mais qualitativas do que quantitativas.
A determinação de qualidade, porém, é subjetiva, o que pode dificultar a comprovação de piora do serviço da rede e de prejuízo ao cliente. Kloh avalia que é sempre possível reclamar nesses casos com a ANS ou órgãos de defesa do consumidor, além da via judicial.
“As operadoras têm como estratégia não negociar porque é um mercado estressado, muitos planos de saúde vêm fechando, com dificuldades financeiras, margem pequena, inadimplência grande, não é porque é caro que está bem financeiramente”, afirma.
Para quem busca ações judiciais, Kloh considera que as individuais costumam ser mais eficientes que as coletivas, já que é possível negociar soluções pontuais caso a caso ou emitir liminares. A velocidade de análise també tende a ser maior, segundo o professor.
Portabilidade de plano
Toledo pondera que, mesmo quando o consumidor não é prejudicado, ele pode se sentir inseguro em cenários de mudança de titularidade de carteira ou controle da empresa. Nessas situações, há ainda outra opção, a portabilidade. O termo se refere à mudança de um plano de saúde para outro, e pode ser feita por qualquer beneficiário.
Mas o processo tem algumas regras. “A pessoa tem que ter pelo menos 1 ano no plano em dia com a mensalidade, e se a mudança for de plano individual para coletivo, é necessário ter vínculo com entidade de classe”, afirma Teledo.
Ele lembra que a migração não tem custo (ou taxas), e a ideia é carregar carências já consumidas no plano de origem. “Não é preciso cumprir um novo. É algo mais novo, e vale para qualquer tipo de plano desde 2019”, diz.
Confira orientações do Ministério da Saúde diante do diagnóstico de Covid-19
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Confira orientações do Ministério da Saúde diante do diagnóstico de Covid-19 • Myke Sena/MS
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O Ministério da Saúde recomenda que diante de sintomas compatíveis com a Covid-19, como febre, tosse, dor de garganta ou coriza, com ou sem falta de ar, as pessoas devem buscar atendimento médico. Confira outras orientações • Cassiano Psomas/Unsplash
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Use máscara o tempo todo • Getty Images
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Se for preciso cozinhar, use máscara de proteção, cobrindo boca e nariz todo o tempo • Conscious Design/Unsplash
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Depois de usar o banheiro, limpe o vaso, mantendo a tampa fechada, higienize a pia e demais superfícies com álcool ou água sanitária. Sempre lave as mãos com água e sabão • Nathan Dumlao/Unsplash
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Separar toalhas de banho, garfos, facas, colheres, copos e outros objetos para uso exclusivo • Sven Mieke/Unsplash
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O lixo produzido precisa ser separado e descartado • Kinga Lopatin/Unsplash
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Evite compartilhar sofás e cadeiras e realize limpeza e desinfecção frequente com água sanitária ou álcool 70% • Nathan Fertig/Unsplash
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Mantenha a janela aberta para circulação de ar do ambiente usado para isolamento e a porta fechada, limpe a maçaneta frequentemente com álcool 70% ou água sanitária • Daniel Hansen/Unsplash
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Caso o paciente não more sozinho, recomenda-se que os demais moradores da residência durmam em outro cômodo • Bermix Studio/Unsplash
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Mantenha a distância mínima de 1,5 m entre a pessoa infectada e os demais moradores • Chris Greene/Unsplash