CNN Brasil Money

Pode haver corte de emendas, diz Haddad após derrubada da MP do IOF

Medida provisória perdeu validade na última quarta (8), depois de uma manobra do Congresso

Vitória Queiroz, da CNN Brasil, em Brasília
Compartilhar matéria

Com a derrubada da MP (medida provisória) que trazia alternativas ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), pode haver corte de emendas parlamentares. A informação é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O governo contava com a arrecadação dos recursos previstos na MP para fechar as contas públicas de 2025 e 2026. Apesar disso, o ministro disse que impacto previsto neste ano, com a rejeição da MP, será "pequeno".

Na proposta enviada pelo governo ao Congresso, a equipe econômica projetava arrecadar cerca de R$ 10,5 bilhões neste ano e R$ 21,8 bilhões no ano que vem com o texto.

“Pode ser que tenha corte de emendas, mas isso dentro da regra estabelecida dentro da lei complementar que o Congresso aprovou”, disse Haddad.

 

 

Na última quarta-feira (8), o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), já havia sinalizado a possibilidade de cortar emendas se o Congresso não aprovasse a MP.

De acordo com o senador, cerca de R$ 7 bilhões a R$ 10 bilhões em emendas parlamentares serão contingenciados.

A equipe econômica pode congelar somente as chamadas emendas não impositivas, isto é, não têm execução obrigatória pelo governo. É o caso das emendas de comissão, por exemplo. Já no caso das emendas impositivas, a exemplo das emendas de bancada e individuais, o governo é obrigado a pagar.

O plenário da Câmara dos Deputados retirou de pauta a MP com alternativas ao aumento do IOF, e inviabilizou a apreciação da matéria, que perdeu a validade na última quarta-feira (8).

Acompanhe Economia nas Redes Sociais