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    Vendas no varejo dos EUA surpreendem e ficam inalteradas em setembro

    Departamento de Comércio disse nesta sexta-feira que a leitura inalterada nas vendas do mês passado seguiu-se a um aumento de 0,4% em agosto

    da Reuters

    As vendas no varejo dos Estados Unidos ficaram inesperadamente inalteradas em setembro, uma vez que a inflação elevada e o rápido aumento da taxa de juros provocaram queda da demanda por bens.

    O Departamento de Comércio disse nesta sexta-feira que a leitura inalterada nas vendas do mês passado seguiu-se a um aumento de 0,4% em agosto, em dado revisado para cima de taxa de 0,3% informada antes.

    Economistas consultados pela Reuters projetavam um aumento de 0,2% nas vendas, com estimativas variando de um declínio de 1,1% até uma alta de 0,8%.

    As vendas também estão diminuindo porque os gastos se voltam aos serviços. As vendas no varejo, que são em sua maioria de bens, não são ajustadas pela inflação.

    O aumento dos custos de aluguel e saúde estão comprimindo os orçamentos para muitos norte-americanos, levando a cortes nos gastos com bens. A situação tem sido agravada por custos maiores de empréstimo, que estão tornando o crédito mais caro.

    O Federal Reserve aumentou sua taxa de juros de quase zero em março para a faixa atual de 3,00% a 3,25%, à medida que combate a inflação. Um quarto aumento seguido de 0,75 ponto percentual é esperado no próximo mês, depois que dados da quinta-feira mostraram que a inflação aumentou fortemente em setembro.

    Excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços alimentícios, as vendas no varejo aumentaram 0,4% no mês passado. O dado de agosto foi revisado para mostrar aumento de 0,2% dessa medida, em vez de estagnação como relatado anteriormente.

    Economistas estimam que o crescimento dos gastos do consumidor foi provavelmente inferior a uma taxa anualizada de 1,0% no terceiro trimestre, após aumentar a um ritmo de 2,0% no período de abril a junho.

    Ainda assim, a expectativa é de que o PIB tenha se recuperado no último trimestre, após duas quedas trimestrais consecutivas, principalmente à medida que a desaceleração da demanda interna reduz as importações e deixa um estoque de mercadorias não vendidas nos armazéns.

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