Em pregão de ajustes, Ibovespa começa semana em queda; dólar fica estável
Ao final do pregão, o índice caiu 0,59%, a 141.791.58 pontos

O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira (8), refletindo movimentos de realização de lucro, após renovar máximas históricas na semana passada, enquanto Cosan e Raízen voltaram a figurar entre destaques positivos em meio a expectativas envolvendo alternativas estratégicas para ambas as companhias.
Ao final do pregão, o índice caiu 0,59%, a 141.791.58 pontos.
O dólar, por sua vez, fechou estável, após o fraco relatório de empregos dos Estados Unidos divulgado na sexta, que praticamente consolidou um corte de juros pelo Federal Reserve neste mês.
No fechamento, a moeda norte-americana subiu 0,07%, negociada a R$ 5,4179 na venda.
Cenário externo
Na sexta-feira (5), o dólar à vista fechou em baixa de 0,61%, aos R$ 5,4139 – a terceira sessão consecutiva de queda, após bateria de dados econômicos divulgados nos Estados Unidos na semana passada ampliarem as apostas no corte de juros pelo Federal Reserve este mês.
Nesta segunda, os investidores globais voltaram as atenções para o Japão, onde o primeiro-ministro Shigeru Ishiba renunciou ao cargo, dando início a um período potencialmente longo de incerteza política para a quarta maior economia do mundo.
Após acertar os detalhes finais de um acordo comercial com os EUA para reduzir as tarifas sobre os produtos japoneses, Ishiba, 68 anos, disse em uma coletiva de imprensa que precisa assumir a responsabilidade por uma série de derrotas eleitorais.
Neste cenário, o iene era uma das poucas moedas que cediam ante o dólar no exterior, mas em movimento insuficiente para evitar a queda do DXY (índice do dólar), umas das principais referências para o câmbio no Brasil.
Cenário doméstico
Internamente, o relatório Focus do Banco Central mostrou poucas mudanças nas projeções dos economistas do mercado para o câmbio no fim de 2025 e 2026.
A mediana projetada para o dólar no encerramento deste ano foi de R$ 5,56 para R$ 5,55 -- cerca de R$ 0,14 acima do patamar atual. Para o fim do próximo ano a mediana passou de R$ 5,62 para 5,60.
Em relatório desta segunda, as estrategistas Ioana Zamfir e Sofia Palacios, do Morgan Stanley, afirmaram que "uma quebra do BRL abaixo de 5,40 é possível, assumindo uma fraqueza sustentada do USD e considerando o carry muito atrativo da moeda, mas o ímpeto deve desacelerar significativamente".
"O ruído nas manchetes tende a aumentar até o final do ano, devido aos processos legais contra o ex-presidente Bolsonaro e os debates sobre o orçamento do ano eleitoral", acrescentaram. "Preferimos permanecer neutros e manter nossa exposição no mercado de juros."
*Com informações da Reuters


