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    Fusão entre Azul e Gol pode impactar consumidor? entenda

    Ygor Bastos, analista de aviação da Genial Investimentos, comenta ambos cenários de curto e longo prazo para preços de passagens

    Vanessa Loiolacolaboração para a CNN

    O grupo controlador da Gol e da Avianca, o grupo Abra, assinou um memorando de entendimento para união dos negócios com a companhia aérea Azul. Essa união entre as companhias não deve afetar negativamente consumidor brasileiro, segundo especialista ouvido pela CNN.

    Ygor Bastos, analista de aviação da Genial Investimentos, acredita que os preços das passagens aéreas não devem subir no curto prazo por essa fusão, caso se concretize.

    “A possibilidade de vender mais para o consumidor, geralmente quando tem compra de trechos casados, isso acaba até barateando as passagens. Então, eu não vejo um impacto tão significativo nesse sentido”, pontuou o analista em entrevista à CNN.

    Para o especialista, o impacto poderia vir caso uma das companhias quebrasse. Atualmente, a Gol já está passando por um processo de nos Estados Unidos que é semelhante à nossa recuperação judicial.

    A Gol segue focada em “concluir as etapas restantes dos seus procedimentos do Chapter 11 (recuperação judicial nos EUA) em andamento”, cita o comunicado.

    Caso a transação se concretize, o acordo prevê que as duas empresas deverão manter suas marcas e certificados operacionais de forma independente. Ou seja, as marcas Azul e Gol continuariam existindo concomitantemente.

    Em entrevista à CNN, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, comentou disse que a medida reflete uma tendência mundial no setor da aviação.

    O ministro acredita que essas ações podem contribuir para a redução de custos das companhias, fortalecendo a aviação e possibilitando a oferta de passagens mais baratas no país.

    Memorando

    Ainda no longo prazo, no caso da união, Bastos explica que com a operação conjunta, naturalmente, as duas companhias terão um maior poder de precificação nas rotas em que têm menos competição.

    “Isso já acontece com a Azul, nos aeroportos em que voam sozinhas, elas conseguem praticar tarifas por quilômetros voados muitas vezes maiores do que em regiões onde elas dividem as rotas […] Então você sendo formadora de preço isso ajuda a colocar tarifas maiores”, disse.

    Além disso, o especialista destacou que outro ponto positivo seria uma precisão melhor na gestão de ocupação, o que pode aumentar a receita por quilometragem da companhia aérea.

    “A Azul voava com 50% da capacidade e, por exemplo, na sequência tinha um voo da Gol saindo também com 50% da capacidade. Você consegue consolidar tudo isso em único horário e em uma única aeronave, otimizando a ocupação dessa aeronave voada”, exemplificou.

    Além disso, isso pode impactar no preço das passagens aéreas, uma vez que preenchendo as ocupações na velocidade esperada, a companhia aérea pode dar mais desconto nos preços.

    “A demanda do consumidor tem um papel importante na formação de preços”, destacou.

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