Setor industrial está compromissado com o clima, diz presidente da CNI
Ricardo Alban destaca compromisso da indústria com meio ambiente e defende abordagem equilibrada entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental
Em meio às discussões da COP30 em Belém do Pará, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reforça seu compromisso com a agenda climática e propõe maior participação do setor privado nas decisões ambientais.
Ricardo Alban, presidente da entidade, destaca a importância da implementação da SB COP (Sustainable Business COP), uma iniciativa que visa estabelecer um canal formal para recomendações do setor privado nas discussões sobre clima e sustentabilidade. Alban enfatiza que a indústria representa apenas 4% das emissões de carbono, contestando a percepção do setor como principal responsável pela poluição.
Energia e desenvolvimento sustentável
A questão energética emerge como ponto crucial nas discussões. Alban defende um equilíbrio entre o uso de recursos tradicionais e renováveis, destacando o potencial brasileiro em energias limpas. O representante da CNI argumenta que a transição energética requer tempo e recursos, defendendo uma abordagem pragmática que considere as necessidades de desenvolvimento econômico.
Em relação aos custos energéticos, Alban aponta que o Brasil possui vantagens naturais que poderiam resultar em energia mais barata, citando as usinas hidrelétricas amortizadas e o crescimento das fontes renováveis. Ele destaca a importância de investimentos em tecnologias de armazenamento para otimizar o uso de energias intermitentes.
Sobre a revisão dos benefícios tributários, a CNI se mostra aberta ao diálogo, mas critica a proposta de cortes lineares. Alban argumenta que é necessária uma análise caso a caso dos incentivos, considerando as particularidades de cada setor e região, para evitar o aumento de desigualdades.


