Consciência Negra: 5 educadores negros que você deveria conhecer
A CNN reuniu perfis de professores brasileiros que fazem diferença na vida dos seus estudantes
Além de ensinar matérias escolares, os professores também inspiram seus alunos histórias de vida ou com projetos que têm o potencial de mudar visões de mundo.
Nesta semana da Consciência Negra, a CNN reuniu cinco educadores negros que estão fazendo a diferença na vida de estudantes.
Sônia Guimarães
A história de Sônia Guimarães não inspira apenas seus alunos, mas todas as pessoas negras que se interessam pela área acadêmica. Formada em física e PhD pela Universidade de Manchester, no Reino Unido, Sônia é a primeira professora negra do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).
Quando ela entrou para o corpo docente do instituto em 1993, o ITA sequer aceitava mulheres entre seus estudantes. Por isso, Sônia foi não só a primeira mulher negra, mas a primeira mulher no departamento de física da instituição.
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Ricardo Jaheem
O escritor e educador Ricardo Jaheem faz diferença na vida de crianças negras com sua turnê de contação de histórias em escolas públicas do país.
As narrativas sempre são inspiradas em suas memórias e trazem a valorização das características de cada criança, como o cabelo, o nome e o sorriso. O objetivo é promover o empoderamento dos estudantes negros por meio da literatura infantil e da educação antirracista.
Recentemente, o professor da rede municipal do Rio de Janeiro também criou um protocolo com 20 ações para combater o racismo e garantir a segurança de crianças pretas em escolas.
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Cleide da Silva Magesk
A professora Cleide foi eleita Professora do Ano 2024 pelo Prêmio Toda Matéria graças a um projeto antirracista. O “Trançando Histórias” é uma iniciativa que permite os estudantes aprender a história de cabelos com tranças africanas, resgatando suas origens e ancestralidade.
O projeto inclui um documentário que destaca as tranças como algo positivo, podcasts que contam histórias coletivas com tranças, uma oficina de tranças e oficina de bonecas africanas utilizando jornal. Todos os produtos foram feitos pelos alunos.
Shirlei Machado
Professora da rede municipal do Rio de Janeiro, Shirlei Machado passou a vida alisando o cabelo e não se reconhecia como preta. Foi só depois de adulta que passou pela transição capilar e que começou a valorizar e a gostar do seu cabelo como ele é.
Hoje, Shirlei percorre diversas escolas contando histórias antirracistas com o objetivo de valorizar a cultura negra. Em uma das rodas de leitura, uma estudante chorou ao reconhecer seu penteado na capa do livro e pediu para levar a obra e mostrar para a avó e a mãe.
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Darlan Galvão
O professor de geografia Darlan Galvão dá aulas na rede municipal de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. Durante o ano, suas ações visam o combate ao racismo e à amplificação da representatividade negra na escola.
Neste ano, ele implementou a iniciativa “AKONI: na pele ancestral”. O projeto é uma exposição fotográfica com estudantes negros homenageando grandes nomes da luta por igualdade e representatividade negra.
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