Museu do Ipiranga lança podcast que questiona suas narrativas históricas
"Pensar o Presente" terá cinco episódios que desconstroem fatos históricos tradicionais e incluem novas vozes e perspectivas sociais

O projeto, disponível em várias plataformas digitais, é apresentado pela jornalista e historiadora Paula Carvalho e pelo jornalista Rodrigo Alves.
Paulo Garcez Marins, diretor do Museu Paulista, nome oficial do Museu do Ipiranga, afirma que as instituições dedicadas à história precisam revisar constantemente suas formas de pensar e interpretar o tempo.
“Sempre friso que os museus de história pensam o passado a partir do presente. Este podcast é uma oportunidade de mostrar ao público como esse processo está sendo conduzido aqui no Museu do Ipiranga.”
Cada episódio parte de itens ou coleções do acervo para abordar temas contemporâneos e incluir vozes historicamente silenciadas. No primeiro, "Águas Passadas", as ânforas da escadaria do museu são o ponto de partida para discutir a formação do território nacional, o bandeirantismo e o famoso quadro "Independência ou Morte", de Pedro Américo.
Os episódios subsequentes aprofundam-se em temas como inclusão social ("Doces Memórias"), restituição de acervo indígena e crise climática ("Presença na Ausência"), trabalho humano na construção do museu e da cidade ("Saber Fazer") e representatividade de mulheres e negros ("Álbum de Família").
Serviço
Podcast "Pensar o Presente"
- Onde: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music, Castbox, Deezer e outras plataformas
- Episódios: publicados semanalmente, às quartas-feiras, a partir de 29 de outubro
- Tradução: em Libras no YouTube e Spotify a partir de 12 de novembro
- Episódios:
- "Águas Passadas" - discute a formação territorial e o quadro "Independência ou Morte"
- "Doces Memórias" - foca na inclusão de sujeitos historicamente silenciados
- "Presença na Ausência" - destaca a machadinha kyiré dos Krahô e a crise climática
- "Saber Fazer" - reflete sobre o trabalho humano na construção do museu e da cidade
- "Álbum de Família" - aborda o apagamento da cultura negra e a presença das mulheres
- Mais informações: no site do museu


