Ciro Nogueira à CNN: Se Tarcísio escantear Bolsonaro, não o apoiarei em 2026
Dirigente do PP afirma que governador de São Paulo cometeria "suicídio político" ao lançar candidatura à Presidência sem aval do ex-presidente
O presidente do Partido Progressistas (PP), Ciro Nogueira, declarou em entrevista ao Bastidores CNN desta quarta-feira (29) que não apoiará Tarcísio de Freitas (Republicanos) caso o governador de São Paulo decida se candidatar à Presidência em 2026 sem o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nogueira foi enfático ao afirmar: “Eu não ficarei com o Tarcísio em hipótese nenhuma. Se ele escantear o presidente Bolsonaro, primeiro tem um suicídio político”.
O senador argumentou que Tarcísio teria dificuldades até mesmo para se reeleger governador de São Paulo sem o apoio de Bolsonaro.
Cenário político complexo
O presidente do PP destacou a complexidade do cenário político atual, especialmente em relação às alianças em São Paulo.
Ele mencionou a aproximação de Tarcísio com o PSD, partido que “tem sérios problemas com Jair Bolsonaro”, segundo Nogueira.
“O Tarcísio hoje tem problemas com o Progressistas, tem problemas com a União Brasil, até vejo alguns produtores do próprio partido Republicano insatisfeitos politicamente com ele”, observou Nogueira, ressaltando que atualmente o governador “está muito bem apenas com o PSD”.
Eleições municipais e apoio a Ricardo Nunes
Sobre as recentes eleições municipais em São Paulo, Nogueira comentou a vitória do prefeito Ricardo Nunes (MDB), afirmando que Tarcísio “saiu como grande vencedor da eleição de São Paulo” por ter apoiado firmemente o atual prefeito.
No entanto, o senador ponderou sobre a complexidade da situação envolvendo o apoio de Bolsonaro: “O Ricardo queria o apoio do Bolsonaro, mas não queria um apoio muito ostensivo por conta da rejeição do presidente Bolsonaro na capital”.
Nogueira concluiu que é difícil determinar quem estava certo ou errado nessa situação, citando um ensinamento de seu pai: “Em qualquer tipo de disputa e discussão não tem ninguém nunca 100% certo nem 100% errado”.