Tarcísio de Freitas é aconselhado a se manter no páreo de 2026

Aliados do governador de São Paulo apontam teto de Flávio Bolsonaro como impeditivo para candidatura presidencial do senador, mas há divisão no Palácio dos Bandeirantes; apuração é de Pedro Venceslau no CNN 360°

Da CNN Brasil
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Aliados do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), têm aconselhado que ele se mantenha como possível candidato à Presidência da República nas eleições de 2026, apesar do lançamento do nome do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para a disputa.

Segundo apuração do analista Pedro Venceslau, no CNN 360°, há uma divisão dentro do Palácio dos Bandeirantes sobre o tema. Uma ala defende que Tarcísio deve focar apenas na reeleição para o governo paulista, enquanto outro grupo sugere que ele não descarte a possibilidade de concorrer à presidência.

O próprio governador ainda não tomou uma decisão definitiva, embora tenha afirmado publicamente em diversas ocasiões que não pretende disputar o cargo máximo do Executivo federal. Fontes próximas ao governo paulista revelaram que o lançamento do nome de Flávio Bolsonaro foi recebido como um "balde de água fria" e desmobilizou parte do grupo que já trabalhava pela nacionalização da imagem de Tarcísio.

Rejeição como fator decisivo

Os conselheiros do governador apontam que pesquisas internas mostram uma rejeição "intransponível" ao nome de Flávio Bolsonaro. Embora o senador apareça bem posicionado em algumas pesquisas recentes — inclusive sendo apontado como o nome mais forte do campo da direita em um levantamento divulgado recentemente —, aliados de Tarcísio acreditam que esse seria apenas o teto de Flávio.

A avaliação é que, em uma campanha nacional contra um presidente com a máquina à disposição, o senador enfrentaria dificuldades e poderia ser "desconstruído" politicamente. Por outro lado, reconhecem que ele conta com o recall do sobrenome Bolsonaro e um eleitorado fiel dentro da bolha conservadora.

O grupo que aconselha Tarcísio sugere "deixar a política falar" até abril do próximo ano, acreditando que será natural um gesto de Flávio Bolsonaro desistindo da candidatura por volta de fevereiro ou março. Esses conselheiros também alertaram o governador para não disputar diretamente contra o senador, pois isso o colocaria "ensanduichado" entre os dois polos políticos, repetindo o que ocorreu com Rodrigo Garcia (PSDB).

Enquanto isso, o Centrão já demonstra preocupação com uma possível desmobilização do governador paulista na corrida presidencial. Tarcísio, que já conta com o marqueteiro Pablo Nobel (responsável por sua campanha vitoriosa em 2022) contratado pelos Republicanos, por enquanto mantém o foco apenas no cenário de reeleição em São Paulo, sem planos de iniciar viagens pelo país ou conceder entrevistas a veículos regionais, como seria esperado de um presidenciável neste momento.

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