Famosos vão ao velório de Cacá Diegues na Academia Brasileira de Letras
Regina Casé, Camilla Pitanga, Marieta Severo, Silvia Buarque, Marcos Palmeira, Betty Faria e Gilberto Gil foram algumas das personalidades que se despediram do diretor de cinema
- 1 de 17
Glória Pires no velório de Cacá Diegues • AgNews
- 2 de 17
Pedro Bial no velório de Cacá Diegues • AgNews
- 3 de 17
Babu Santana no velório de Cacá Diegues • AgNews
-
- 4 de 17
Eduardo Paes no velório de Cacá Diegues • AgNews
- 5 de 17
Claudia Abreu no velório de Cacá Diegues • AgNews
- 6 de 17
Mariana Ximenes no velório de Cacá Diegues • AgNews
-
- 7 de 17
Gilberto Gil no velório de Cacá Diegues • AgNews
- 8 de 17
Beth Goulart no velório de Cacá Diegues • AgNews
- 9 de 17
Betty Faria no velório de Cacá Diegues • AgNews
-
- 10 de 17
Maria Ribeiro no velório de Cacá Diegues • AgNews
- 11 de 17
Daniel Filho no velório de Cacá Diegues • AgNews
- 12 de 17
Guilherme Fontes no velório de Cacá Diegues • AgNews
-
- 13 de 17
Zezzé Mota no velório de Cacá Diegues • AgNews
- 14 de 17
Malu Mader no velório de Cacá Diegues • AgNews
- 15 de 17
Zezé Polessa no velório de Cacá Diegues • AgNews
-
- 16 de 17
Marieta Severo e Silvia Buarque no velório de Cacá Diegues • AgNews
- 17 de 17
Marcos Palmeira no velório de Cacá Diegues • AgNews
O corpo do cineasta Cacá Diegues foi velado na sede da Academia Brasileira de Letras (ABL), no centro do Rio de Janeiro, neste sábado (15), e recebeu vários famosos que se despediram do diretor de cinema. Ele morreu na madrugada de sexta-feira (14), aos 84 anos.
Artistas como Marieta Severo, Betty Faria, Antônio Pitanga, Camila Pitanga, Regina Casé, Gilberto Gil, Marcos Palmeira e Malu Mader demonstraram carinho pela cineasta.
Em lágrimas, o ator Guilherme Fontes foi consolado pela mulher, Vivi Sarahyba. Após a cerimônia, Cacá Diegues será cremado no Crematório do Caju, na Zona Portuária do Rio.
Vida e carreira
Nascido em Maceió, em 19 de maio de 1940, Carlos José Fontes Diegues, conhecido como Cacá Diegues, foi um dos maiores cineastas do Brasil, com uma carreira que se estendeu do final dos anos 1950 até 2018.
Ele estudou no Colégio Santo Inácio antes de ingressar no curso de Direito da PUC-Rio, onde exerceu a presidência do Diretório Estudantil. Durante sua trajetória acadêmica, criou um cineclube e deu os primeiros passos no cinema ao lado de David Neves e Arnaldo Jabor.
Além disso, foi editor do jornal O Metropolitano, publicação da União Metropolitana de Estudantes, e integrou o Centro Popular de Cultura da (União Nacional dos Estudantes) UNE. No final dos anos 1950, tornou-se um dos fundadores do Cinema Novo, movimento cinematográfico que contou com nomes como Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo Cesar Saraceni e Joaquim Pedro de Andrade.
Em 1961, dirigiu, em parceria com David Neves e Affonso Beato, o curta-metragem “Domingo”, uma das primeiras obras do movimento.
No entanto, como diretor solo, ele iniciou sua trajetória apenas em 1962, dirigindo o episódio Escola de Samba Alegria de Viver no longa “Cinco Vezes Favela”. Paralelamente, Diegues também atuava como jornalista e crítico, escrevendo ensaios e manifestos sobre cinema.
Com a promulgação do AI-5, Diegues e sua primeira esposa, a cantora Nara Leão, se exilaram na Itália e na França. Ele só retornou ao Brasil na década de 1970, período em que dirigiu os filmes “Quando o Carnaval Chegar” (1972) e “Joanna Francesa” (1973).
Foi também nos anos 1970 que ele alcançou seu maior sucesso comercial com o filme “Xica da Silva” (1976). Outras de suas obras mais aclamadas da década incluem “Chuvas de Verão” (1978) e “Bye Bye Brasil” (1979).
Em 1981, foi jurado no Festival Internacional de Cinema de Cannes. Durante a crise do cinema brasileiro nos anos 1980, o realizador produziu filmes de orçamento reduzido, como “Um Trem para as Estrelas” (1987) e “Dias Melhores Virão” (1989).
Após a morte de Nara Leão, com quem teve dois filhos, Isabel e Francisco, Cacá Diegues casou-se com a produtora Renata Almeida Magalhães, em 1981, com quem teve uma filha, Flora.
Logo após o desmonte da Embrafilme, na década seguinte, Diegues voltou a ter sucessos comerciais com “Tieta do Agreste” (1996) e “Deus é Brasileiro” (2003). Ao longo de sua trajetória, seus filmes representaram o país em candidaturas ao Oscar sete vezes, o maior número já alcançado por um cineasta brasileiro.
Em 2018, Diegues se tornou membro da Academia Brasileira de Letras.
Cacá também deixa três netos.
- 1 de 8
Cacá nasceu em Maceió, mas se mudou aos 6 anos para o Rio de Janeiro • Reprodução/JHC
- 2 de 8
Cacá Diegues é o segundo filho de um antropólogo e de uma fazendeira • Reprodução/Redes Sociais
- 3 de 8
Um dos poucos cineastas veteranos, após a nova Lei do Audiovisual, a trabalhar com comerciais, documentários, videoclipes. • Divulgação/Cacá Diegues
-
- 4 de 8
Cacá deixou o Brasil durante a promulgação do AI-5 e viveu na Europa com a esposa • Reprodução/Redes Sociais
- 5 de 8
Foi homenageado em 2016 pela escola de Samba Inocentes de Beford Roxo • Divulgação/Cacá Diegues
- 6 de 8
A maioria de seus filmes esteve em grandes festivais internacionais • Reprodução/Redes Sociais
-
- 7 de 8
O cineasta foi eleito novo imortal da Academia Brasileira de Letras • Divulgação/Cacá Diegues
- 8 de 8
Cacá Diegues morreu nesta sexta-feira (14), aos 84 anos • Reprodução/Redes Sociais