Preta Gil diz que câncer colorretal é tabu: "Pessoas fogem do exame"
Cantora e empresária falou ainda sobre o caso envolvendo a página Choquei e Jessica Canedo

A cantora e empresária Preta Gil falou, na segunda-feira (5), sobre a importância do diagnóstico precoce para o tratamento do câncer colorretal, assunto que ela classificou como tabu.
A carioca foi usando um look azul para dar entrevista ao programa apresentado pela jornalista Vera Magalhães para conscientizar o público a respeito do Março Azul, mês da prevenção e da conscientização do câncer colorretal.
"A gente fala pouco sobre câncer colorretal porque é um pouco tabu falar da região onde o câncer se dá. Eu sinto isso quando eu adoeci, eu sentia que as pessoas evitavam falar que eu estava com câncer no reto e falavam: 'você está com câncer na parte final do intestino'", contou a cantora de "Sinais de Fogo".
Em participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, Preta Gil, que recebeu o diagnóstico da doença em janeiro de 2023, afirmou que as pessoas têm medo do exame de colonoscopia, que pode ajudar a identificar tumores na região do reto.
"O meu tumor era bem grande, ele já era bem extenso. Eu tive que fazer quimio[terapia] e radio[terapia] para diminuir para poder operar", contou.
"Mas se a gente faz a colonoscopia, que é um exame que todo mundo tem um pouco de medo, a gente consegue detectar um câncer no colo retal, tratar e o prognóstico pode ser como o meu foi, de cura", defendeu Preta.
A cantora celebrou, em dezembro de 2023, o fim do seu tratamento contra o câncer colorretal e será acompanhada por uma equipe médica por, pelo menos, cinco anos.
Mynd e Choquei
Na entrevista ao Roda Viva, Preta Gil falou também sobre o caso de Jessica Canedo, que morreu em dezembro depois que perfis de fofoca nas redes sociais vincularam a informação falsa de que ela teria tido um relacionamento com o humorista Whindersson Nunes — o que o próprio artista negou.
Na época, a notícia falsa foi veiculada pelo perfil Choquei, que muitos internautas relacionaram à Mynd, empresa da qual Preta é sócia.
Na segunda-feira, a cantora declarou que, na época da morte de Jessica, a Choquei não tinha mais qualquer vínculo com a Mynd. Segundo ela, a página chegou a fazer parte da Banca Digital, setor da empresa que reúne e oferece perfis para que marcas possam ativar suas marcas.
Para Preta, associação, que ela taxou de "fake news", foi feita com motivação política e tinha o objetivo de enfraquecer seus negócios.
"Depois a gente foi mapeando e a gente viu que tinha uma intenção extremamente política nessa proliferação de uma fake news, fazendo uma ligação minha com o que tinha acontecido infelizmente com a Jessica", afirmou a cantora.
Ela pediu ainda uma regulamentação das redes sociais para que possam ser criminalizadas as pessoas por trás das páginas que cometem crimes digitais, como no caso de Jessica.
"A gente tem um pouco a internet como uma terra sem lei e eu acho isso grave, a gente tem que buscar mecanismos legais para que a gente responsabilize", defendeu.
"Tem que ter um código que permita que a gente transite no mundo virtual e seja responsabilizado por aquilo que a gente faz."