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“Queremos fazer justiça aos livros”, diz showrunner de "O Problema dos 3 Corpos"

Série dos mesmos criadores de "Game of Thrones" estreia na Netflix dia 21 de março

Marina Toledo, da CNN, em São Paulo
Eiza González como Auggie Salazar em "O Problema dos 3 Corpos"  • Divulgação/Netflix
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"O Problema dos 3 Corpos", de Cixin Liu, vai ganhar uma adaptação na Netflix na próxima quinta-feira (21) e os criadores da série afirmaram que querem fazer justiça aos livros.

Dos mesmos criadores de "Game of Thrones", David Benioff e DB Weiss, além de Alexander Woo, a produção fez algumas adaptações e tem vida própria para além do livro e um nível de envolvimento emocional maior.

“Temos muito amor e respeito pelos livros. Não dá para dedicar inúmeras horas do dia durante vários anos para adaptar uma obra que você não ama. Queremos fazer justiça aos livros e criar uma série que faça as pessoas se sentirem como nós nos sentimos quando lemos os livros", disse Benioff.

"A melhor maneira de fazer isso não é só pegar o conteúdo do livro e colocar na tela exatamente na mesma ordem e do mesmo jeito. Na verdade, isso raramente funciona. Então, é muito importante para nós que a série tenha vida própria, que funcione tanto para quem leu quanto para quem não leu os livros”, continuou.

Os três showrunners fizeram um ligação de vídeo com o autor Liu Cixin no início do processo criativo e receberam a aprovação do criador para adaptar a obra e fazer as mudanças necessárias.

Entre as principais alterações estão mudanças na cronologia, ajustes nos personagens, expansões, adições e a ambientação da história dos dias atuais.

“Estamos fazendo tudo o que podemos para dar vida a essa história da melhor maneira possível e criar impacto. Mas ler os livros não é pré-requisito para entender ou curtir a série”, pontuou Weiss.

Na trama, um grupo de cientistas faz descobertas revolucionárias ao longo das décadas. Ao mesmo tempo, as leis da ciência começam a cair por terra e extraterrestres passam a ameaçar eliminar a Terra.

Para Benioff, a história é sobre a humanidade e a luta das pessoas contra um mistério que parece impossível de solucionar e acaba se transformando em uma crise existencial.

"Por isso, queríamos representar toda a humanidade, dentro do possível. Queríamos incluir pessoas do mundo todo. Selecionamos um elenco internacional e muito diverso para representar a ideia de que essa luta não é apenas de um país contra a ameaça dos alienígenas, é uma luta global pela sobrevivência”, explicou.

“O que ganhamos com essas mudanças é um nível maior de envolvimento emocional, que é a alma de qualquer série. Colocar personagens dos livros 2 e 3 na temporada 1 é uma grande mudança”, acrescentou Woo.

Tematicamente, os roteiristas exploraram um novo caminho para contar histórias de extraterrestres.

“Todo mundo já viu milhares de histórias de invasões alienígenas, mas esta é diferente porque o foco é nos seres humanos e na resposta humana quando descobrimos que não estamos sozinhos no universo e que os outros não são necessariamente amigáveis”, comenta Beionoff.

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