Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    #CNNPop

    Viradouro campeã: relembre outros nove “desfiles perfeitos” da Sapucaí

    Recordista, a Imperatriz Leopoldinense já venceu três com nota máxima desde a fundação do Sambódromo

    Flávio Ismerimda CNN , São Paulo

    A apuração de quarta-feira (14) deu à Unidos do Viradouro a vitória no Carnaval deste ano. Impulsionada por um desfile sem erros, a agremiação de Niterói terminou a leitura das notas com 270 pontos conquistados, sem perder um décimo sequer após os descartes.

    “Arroboboi, Dangbé” foi a terceira vitória da escola, que já havia vencido em 2020 com “Viradouro de Alma Lavada” e em 1997 com “Trevas! Luz! A Explosão do Universo!”.

    Essa foi apenas a terceira vez neste século que uma escola de samba terminou uma apuração com pontuação máxima. Apenas a Mangueira, em 2019, e a Imperatriz, em 2001, conseguiram esse feito.

    Relembre abaixo todos os desfiles que conseguiram nota máxima desde 1984, quando foi inaugurado o Sambódromo da Marquês de Sapucaí:

    2019 — Estação Primeira de Mangueira

    Com “História para Ninar Gente Grande”, assinado por Leandro Vieira, a Mangueira alcançou seu vigésimo título. O desfile desconstruía os heróis consagrados da história do Brasil e apresentava figuras que costumam passar à margem do que se aprende na escola, como Luísa Mahin e o Dragão do Mar.

    No fim do desfile, a verde e rosa também fazia uma homenagem para a vereadora Marielle Franco, que havia sido assassinada no ano anterior.

    2001 — Imperatriz Leopoldinense

    Último dos títulos conquistados pela Imperatriz Leopoldinense com Rosa Magalhães, “Cana-caiana, cana roxa, cana fita, cana preta, amarela, Pernambuco… Quero vê descê o suco, na pancada do ganzá” venceu sem perder décimos.

    O enredo fala sobre a cana-de-açúcar e o desfile se encerrava com uma bela homenagem a Carlos Cachaça, histórico compositor e um dos fundadores da Mangueira.

     

    1998 — Estação Primeira de Mangueira

    A homenagem da Mangueira a Chico Buarque passou pela Sapucaí sem deixar décimos pelo caminho. Com assinatura de Alexandre Louzada, o enredo “Chico Buarque da Mangueira” rendeu o décimo sétimo título da verde e rosa.

    A vitória fez com que o cantor lançasse naquele ano um álbum que tinha o mesmo nome do enredo da Mangueira. O lucro foi revertido para os projetos sociais da escola.

    1998 — Beija-Flor de Nilópolis

    O desfile de 1998 teve ainda outra campeã, a Beija-Flor de Nilópolis, que também terminou a apuração sem perder décimos.

    Rompendo um jejum de 15 anos, a escola da Baixada Fluminense estreava uma comissão de carnaval que seguiria viva até 2019 e renderia outros sete troféus para a comunidade nilopolitana.

    “O mundo místico dos Caruanas nas águas do Patu-Anu” foi assinado por Cid Carvalho, Amarildo de Mello, Anderson Müller, Fran Sérgio, Nélson Ricardo, Paulo Führo, Ubiratan Silva e Victor Santos, tinha como base o livro “O mundo místico dos Caruanas e a revolta de sua ave”, escrito pela Pajé Zeneida Lima, e falava sobre a cultura da Ilha do Marajó.

    1997 — Unidos do Viradouro

    O título de 2024 não foi o primeiro que a Viradouro conquistou com nota máxima. Contando com um time recheado de estrelas como Dominguinhos do Estácio, Joãosinho Trinta e Mestre Jorjão, a escola de Niterói fez a pontuação máxima com o enredo “Trevas! Luz! A Explosão do Universo!”.

    O abre-alas todo preto e a paradinha funk da bateria foram os grandes trunfos da Viradouro naquele ano.

    1996 — Mocidade Independente de Padre Miguel

    Contando com a assinatura do multicampeão Renato Lage, a Mocidade teve “Criador e criatura” como enredo e fez um desfile perfeito.

    Falando sobre a relação entre homem e Deus, a verde e branco da zona oeste do Rio conquistou seu quinto e, até hoje, penúltimo título.

    1995 — Imperatriz Leopoldinense

    Em um dos anos mais polarizantes da história do Carnaval, a Imperatriz se sagrou campeã com nota máxima. Para os jurados, o desfile assinado por Rosa Magalhães, que produziu o enredo “Mais vale um jegue que me carregue, que um camelo que me derrube lá no Ceará”, foi perfeito.

    No entanto, uma das alegorias, justamente a que continha os camelos, ficou na concentração e não desfilou. O regulamento daquele ano, contudo, não previa descontos caso um dos carros não desfilasse, desde que a leitura do enredo não ficasse comprometida.

    1990 — Mocidade Independente de Padre Miguel

    Cantando a sua própria história, a Mocidade foi campeã em 1990 com o enredo “Vira, virou, a Mocidade chegou”. Os carnavalescos eram Renato Lage e Lilian Rabelo.

    A Mocidade recebeu notas máximas de todos os jurados, ao contrário da Beija-Flor, que até ficou em segundo lugar com um ponto a menos, mas teve notas baixas descartadas ao longo da apuração.

    1989 — Imperatriz Leopoldinense

    Os desfiles perfeitos da Imperatriz não são de hoje. O primeiro deles foi em 1989, quando a escola tinha Max Lopes como carnavalesco assinando o enredo “Liberdade, Liberdade, Abre as Asas sobre Nós”.

    Com a nota máxima, a agremiação de Ramos, bairro da zona norte do Rio, desbancou a Beija-Flor de Nilópolis de Joãosinho Trinta e seu Cristo Mendigo. As duas escolas terminaram empatadas, mas a escola a Baixada Fluminense teve notas 9 descartadas em samba-enredo, conjunto e evolução, e a Imperatriz gabaritou tudo de ponta a ponta.

    Tópicos