Viradouro campeã: relembre outros nove “desfiles perfeitos” da Sapucaí
Recordista, a Imperatriz Leopoldinense já venceu três com nota máxima desde a fundação do Sambódromo
- 1 de 18
Viradouro se consagra como campeã do Carnaval 2024 no Rio de Janeiro • Sad Coxa/ Imprensa Rio Carnaval
- 2 de 18
Viradouro acumulou 270 pontos em nove quesitos, como Fantasia, Enredo e Alegorias e Adereços • Sad Coxa/ Imprensa Rio Carnaval
- 3 de 18
Viradouro teve enredo de mitologia africana • Sad Coxa/ Imprensa Rio Carnaval
-
- 4 de 18
A agremiação foi a última escola a desfilar na Sapucaí na segunda noite de desfiles do RJ, que aconteceu na segunda-feira (12) • Dhavid Normando/ Imprensa Rio Carnaval
- 5 de 18
O desfile, assinado pelo carnavalesco Tarcísio Zanon, contou a história das sacerdotisas voduns, mulheres escolhidas e iniciadas em ritos de louvor à serpente sagrada • Dhavid Normando/ Imprensa Rio Carnaval
- 6 de 18
Com o enredo “Arroboboi, Dangbé”, a Viradouro apostou no culto ao vudum serpente como trunfo • Alexandre Vidal/ Imprensa Rio Carnaval
-
- 7 de 18
O destaque da escola ficou por conta de "um poderoso exército feminino, preparado espiritualmente pelas sacerdotisas voduns" • Dhavid Normando/ Imprensa Rio Carnaval
- 8 de 18
A apresentação da Viradouro foi considerada uma das mais surpreendentes deste ano • Dhavid Normando/ Imprensa Rio Carnaval
- 9 de 18
Viradouro desfila no próximo sábado, 17, ao lado das outras bem pontuadas Imperatriz Leopoldinense, Grande Rio, Salgueiro, Portela e Vila Isabel • Dhavid Normando/ Imprensa Rio Carnaval
-
- 10 de 18
Parte da apresentação da Viradouro • Dhavid Normando/ Imprensa Rio Carnaval
- 11 de 18
Porta-bandeira da Viradouro • Alexandre Vidal/ Imprensa Rio Carnaval
- 12 de 18
Mestre-sala e Porta-bandeira • Alexandre Vidal/ Imprensa Rio Carnaval
-
- 13 de 18
Bateria da Viradouro abrilhantou avenida • Dhavid Normando/ Imprensa Rio Carnaval
- 14 de 18
As cores predominante da Viradouro são vermelho e branco • Dhavid/ Normando
- 15 de 18
Imagem do desfile da Viradouro na segunda-feira (12) • Dhavid Normando/ Imprensa Rio Carnaval
-
- 16 de 18
Esse é o terceiro título da agremiação de Niterói, que também foi campeã em 2020 e 1997 • Dhavid Normando/ Imprensa Rio Carnaval
- 17 de 18
Viradouro já durante a madrugada do desfile • Dhavid Normando/ Imprensa Rio Carnaval
- 18 de 18
A agremiação foi seguida pelo arrastão da Sapucaí, isto é, o público pôde invadir a avenida • Dhavid Normando/ Imprensa Rio Carnaval
-
A apuração de quarta-feira (14) deu à Unidos do Viradouro a vitória no Carnaval deste ano. Impulsionada por um desfile sem erros, a agremiação de Niterói terminou a leitura das notas com 270 pontos conquistados, sem perder um décimo sequer após os descartes.
“Arroboboi, Dangbé” foi a terceira vitória da escola, que já havia vencido em 2020 com “Viradouro de Alma Lavada” e em 1997 com “Trevas! Luz! A Explosão do Universo!”.
Essa foi apenas a terceira vez neste século que uma escola de samba terminou uma apuração com pontuação máxima. Apenas a Mangueira, em 2019, e a Imperatriz, em 2001, conseguiram esse feito.
Relembre abaixo todos os desfiles que conseguiram nota máxima desde 1984, quando foi inaugurado o Sambódromo da Marquês de Sapucaí:
2019 — Estação Primeira de Mangueira
Com “História para Ninar Gente Grande”, assinado por Leandro Vieira, a Mangueira alcançou seu vigésimo título. O desfile desconstruía os heróis consagrados da história do Brasil e apresentava figuras que costumam passar à margem do que se aprende na escola, como Luísa Mahin e o Dragão do Mar.
No fim do desfile, a verde e rosa também fazia uma homenagem para a vereadora Marielle Franco, que havia sido assassinada no ano anterior.
2001 — Imperatriz Leopoldinense
Último dos títulos conquistados pela Imperatriz Leopoldinense com Rosa Magalhães, “Cana-caiana, cana roxa, cana fita, cana preta, amarela, Pernambuco… Quero vê descê o suco, na pancada do ganzá” venceu sem perder décimos.
O enredo fala sobre a cana-de-açúcar e o desfile se encerrava com uma bela homenagem a Carlos Cachaça, histórico compositor e um dos fundadores da Mangueira.
1998 — Estação Primeira de Mangueira
A homenagem da Mangueira a Chico Buarque passou pela Sapucaí sem deixar décimos pelo caminho. Com assinatura de Alexandre Louzada, o enredo “Chico Buarque da Mangueira” rendeu o décimo sétimo título da verde e rosa.
A vitória fez com que o cantor lançasse naquele ano um álbum que tinha o mesmo nome do enredo da Mangueira. O lucro foi revertido para os projetos sociais da escola.
1998 — Beija-Flor de Nilópolis
O desfile de 1998 teve ainda outra campeã, a Beija-Flor de Nilópolis, que também terminou a apuração sem perder décimos.
Rompendo um jejum de 15 anos, a escola da Baixada Fluminense estreava uma comissão de carnaval que seguiria viva até 2019 e renderia outros sete troféus para a comunidade nilopolitana.
“O mundo místico dos Caruanas nas águas do Patu-Anu” foi assinado por Cid Carvalho, Amarildo de Mello, Anderson Müller, Fran Sérgio, Nélson Ricardo, Paulo Führo, Ubiratan Silva e Victor Santos, tinha como base o livro “O mundo místico dos Caruanas e a revolta de sua ave”, escrito pela Pajé Zeneida Lima, e falava sobre a cultura da Ilha do Marajó.
1997 — Unidos do Viradouro
O título de 2024 não foi o primeiro que a Viradouro conquistou com nota máxima. Contando com um time recheado de estrelas como Dominguinhos do Estácio, Joãosinho Trinta e Mestre Jorjão, a escola de Niterói fez a pontuação máxima com o enredo “Trevas! Luz! A Explosão do Universo!”.
O abre-alas todo preto e a paradinha funk da bateria foram os grandes trunfos da Viradouro naquele ano.
1996 — Mocidade Independente de Padre Miguel
Contando com a assinatura do multicampeão Renato Lage, a Mocidade teve “Criador e criatura” como enredo e fez um desfile perfeito.
Falando sobre a relação entre homem e Deus, a verde e branco da zona oeste do Rio conquistou seu quinto e, até hoje, penúltimo título.
1995 — Imperatriz Leopoldinense
Em um dos anos mais polarizantes da história do Carnaval, a Imperatriz se sagrou campeã com nota máxima. Para os jurados, o desfile assinado por Rosa Magalhães, que produziu o enredo “Mais vale um jegue que me carregue, que um camelo que me derrube lá no Ceará”, foi perfeito.
No entanto, uma das alegorias, justamente a que continha os camelos, ficou na concentração e não desfilou. O regulamento daquele ano, contudo, não previa descontos caso um dos carros não desfilasse, desde que a leitura do enredo não ficasse comprometida.
1990 — Mocidade Independente de Padre Miguel
Cantando a sua própria história, a Mocidade foi campeã em 1990 com o enredo “Vira, virou, a Mocidade chegou”. Os carnavalescos eram Renato Lage e Lilian Rabelo.
A Mocidade recebeu notas máximas de todos os jurados, ao contrário da Beija-Flor, que até ficou em segundo lugar com um ponto a menos, mas teve notas baixas descartadas ao longo da apuração.
1989 — Imperatriz Leopoldinense
Os desfiles perfeitos da Imperatriz não são de hoje. O primeiro deles foi em 1989, quando a escola tinha Max Lopes como carnavalesco assinando o enredo “Liberdade, Liberdade, Abre as Asas sobre Nós”.
Com a nota máxima, a agremiação de Ramos, bairro da zona norte do Rio, desbancou a Beija-Flor de Nilópolis de Joãosinho Trinta e seu Cristo Mendigo. As duas escolas terminaram empatadas, mas a escola a Baixada Fluminense teve notas 9 descartadas em samba-enredo, conjunto e evolução, e a Imperatriz gabaritou tudo de ponta a ponta.