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Em processo milionário, Zak Brown nega ter “enganado” Palou com vaga na F1

McLaren cobra mais de R$ 100 milhões por quebra de contrato com o piloto espanhol

Alan Baldwin, da Reuters
Zak Brown, da McLaren
Zak Brown, CEO da McLaren  • Divulgação/McLaren
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O chefe da McLaren, Zak Brown, negou ter “enganado” Alex Palou com promessas de uma vaga na Fórmula 1. O caso, que envolve uma disputa de US$ 20 milhões (aproximadamente R$ 107 milhões), seguiu nesta terça-feira (7) em tribunal britânico.

A McLaren processa o espanhol por descumprir um acordo para se transferir à equipe há três anos. Os advogados de Palou afirmam que ele não deve nada e acusam a McLaren de tentar “tirar vantagem”.

 

Durante a audiência, o advogado Nick De Marco disse que Brown fazia “promessas falsas de glória na F1” e depois “descartava” os pilotos. Ele alegou que Palou assinou com a McLaren visando à Fórmula 1, mas perdeu a confiança ao ver nas redes sociais o anúncio de Oscar Piastri como novo companheiro de Lando Norris.

Alex Palou, piloto espanhol • Divulgação/Indycar
Alex Palou, piloto espanhol • Divulgação/Indycar

“Durante todo esse tempo você enganou o senhor Palou”, disse De Marco.

“Eu nunca o enganei”, respondeu Brown. “Nunca disse que ele seria considerado para 2023. Havia apenas uma possibilidade de ir para a F1.”

Brown declarou que acreditava no talento de Palou, mas que sempre foi transparente.

Segundo ele, Piastri foi contratado por um ano, e Palou seria o “Plano B” em caso de lesão de algum piloto. O “Plano C” previa a substituição de Piastri em 2024 se o australiano não tivesse bom desempenho.

Processo conturbado

O executivo citou casos como Oliver Bearman e Nyck de Vries, que conquistaram vagas fixas após atuarem como reservas.

Palou permaneceu na Chip Ganassi Racing e venceu os títulos da IndyCar de 2023 a 2025, além da Indy 500.

De Marco acusou Brown de ser evasivo e desonesto em seu depoimento, mencionando ainda a exclusão de mensagens no WhatsApp e negociações com outros pilotos, como o mexicano Pato O’Ward.

Em resposta, Brown defendeu sua integridade. Em um momento tenso, o advogado afirmou que o dirigente dizia “absurdos inventados na hora”, e Brown retrucou que era o advogado quem falava “absurdos”.

Brown deve continuar sendo interrogado na quarta-feira (8). Palou prestará depoimento na quinta-feira (9).

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