Pilotos da F1 receberão troféus feitos de Lego no GP da Inglaterra

Os três primeiros colocados no Grande Prêmio da Inglaterra de Fórmula 1, neste domingo, terão que manusear seus troféus com cuidado durante a celebração no pódio ou correr o risco de acabar com uma pilha de blocos de brinquedo Lego.

Os troféus inusitados fazem parte de uma parceria de vários anos entre a Lego e a Fórmula 1, que já colocou os pilotos em uma frota de 10 carros construídos com blocos para um desfile pré-corrida no Grande Prêmio de Miami.

A corrida deste domingo marcou os 75 anos do campeonato no circuito de Silverstone, onde tudo começou em 1950. O troféu de Lego dourado do vencedor, inspirado no verdadeiro troféu de ouro do RAC, é feito com 2.717 blocos. Ele pesa mais de 2 kg e tem mais de 59 cm de altura.

Os troféus do segundo e terceiro colocados são brancos, com detalhes em vermelho e azul, respectivamente, enquanto o troféu dos construtores é azul-escuro com dourado.

“Queríamos criar algo muito especial porque é o 75º aniversário”, disse Julia Goldin, diretora de produto e marketing da Lego, à Reuters.

Os blocos são colados com cola e o troféu levou sete construtores e 210 horas para ser feito na Dinamarca. Goldin afirmou que, se houver quebra, isso não será o fim do mundo.

Lando Norris, da McLaren, fez exatamente isso na Hungria em 2023 com um troféu de porcelana especial.

“Se ele quebrar o troféu, ele vai se despedaçar em milhares de blocos lindos”, disse Goldin. “E então nós podemos reconstruí-lo. Porque esse é justamente o propósito dos blocos Lego.

“Você pode criar coisas incríveis e depois reconstruí-las. Eu só quero que os pilotos estejam felizes — e o que quer que eles façam, está tudo bem.”

A Fórmula 1 está conquistando um novo público, especialmente o mais jovem, com muito sucesso, e encontrou parceiros em áreas até então inexploradas.

Isso inclui acordos com os carrinhos de brinquedo Hot Wheels, da Mattel, uma colaboração para 2026 com os personagens da Disney Mickey & Amigos, e a parceria com a Lego anunciada no ano passado.

Emily Prazer, diretora comercial da Fórmula 1, rejeitou qualquer sugestão de que o esporte esteja sendo "simplificado" demais, e afirmou que a estratégia é tornar as marcas mais acessíveis e alcançar pessoas que talvez nunca assistiriam a uma corrida.

“A Lego nos coloca em praticamente todos os shoppings do mundo”, disse ela à Reuters. “A Disney nos ajuda a atrair a próxima geração de fãs. A Hot Wheels e a Mattel permitem que as crianças brinquem com os carros em casa.”

Goldin disse que a Lego também atrai cada vez mais adultos e possui produtos que despertam o interesse de pessoas com os mais diversos gostos.

“O mesmo está acontecendo com a F1, e há um benefício real na forma como o esporte consegue envolver diferentes pessoas com diferentes interesses e aspectos do esporte”, disse ela.

“Não estamos apenas tentando transformar o esporte em um brinquedo, mas sim ajudar os fãs a vivenciarem o melhor que ele tem a oferecer.”