Santos suspende contrato de Eduardo Bauermann, denunciado pelo MP em esquema de apostas
Zagueiro tem vínculo com o clube santista até dezembro de 2024
O zagueiro Eduardo Bauermann, réu na Operação Penalidade Máxima II, teve o contrato suspenso pelo Santos por 30 dias. O clube paulista informou a decisão em nota divulgada na tarde desta terça-feira (16).
“O Santos Futebol Clube informa que, diante dos fatos relacionados à operação Penalidade Máxima 2, o clube suspendeu preventivamente o contrato de trabalho do atleta Eduardo Gabriel dos Santos Bauermann, que permanecerá afastado de suas atividades”, disse o Peixe.
De acordo com o Ministério Público de Goiás, Bauermann teria recebido R$ 50 mil para tomar um cartão amarelo no jogo entre Santos e Avaí, em novembro de 2022, pela Série A daquele ano.
O documento do MP afirmou que o zagueiro havia prometido tomar a punição nessa partida, mas como ele não foi advertido, foi feita uma nova promessa para os apostadores.
Cinco dias depois, o atleta levou um cartão vermelho no jogo contra o Botafogo. Entretanto, a punição veio após o fim da partida, o que não vale para a maioria das casas de apostas. Com o descumprimento da promessa, o jogador foi ameaçado de morte pelos apostadores.
Através de um acordo intermediado pelo empresário de Bauermann, o atleta concordou em quitar a dívida em 20 parcelas de R$ 50 mil (cada). O Ministério Público teve acesso aos comprovantes de pagamento até fevereiro.
Afastamento
No último dia 9, o jogador foi afastado pelo Santos e liberado dos treinamentos. Desde então, ele não compareceu ao CT Rei Pelé. O Peixe aguarda as decisões judiciais para tomar a decisão final.
A ideia do time é se resguardar caso o atleta seja inocentado ou se a operação for anulada. O vínculo contratual de Bauermann vence em 31 de dezembro de 2024.
Operação Penalidade Máxima II
No segundo semestre de 2022, o Ministério Público de Goiás iniciou uma investigação para analisar o envolvimento de jogadores em um esquema de apostas esportivas. A suspeita é de que o grupo de apostadores pagava os jogadores para assegurar a ocorrência de determinados eventos durante a partida.
O acordo ia desde escanteios até cartões vermelhos e pênaltis. Cerca de 60 atletas já foram citados na investigação, mas apenas alguns sofreram punições efetivas.