EUA vão recorrer de decisão que tirou medalha de bronze de Jordan Chiles
Comitê Olímpico do país anunciou que recorrerá após Corte Arbitral do Esporte retirar a ginasta do pódio
O Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos disse neste domingo (11) que apelará da decisão da Corte Arbitral do Esporte de retirar a medalha de bronze da ginasta Jordan Chiles, que subiu ao pódio na final do solo na Olimpíada de Paris.
O CAS aceitou o recurso da Federação de Ginástica da Romênia para reverter a nota da estadunidense e devolver o terceiro lugar à romena Ana Maria Barbosu.
“Acreditamos firmemente que Jordan ganhou a medalha de bronze por direito, e houve erros críticos tanto na pontuação inicial pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) quanto no subsequente processo de apelação do CAS que precisam ser resolvidos”, diz o comunicado do comitê dos EUA.
“O erro inicial ocorreu na pontuação pela FIG, e o segundo erro foi durante o processo de apelação do CAS, onde o USOPC não recebeu tempo ou notificação adequados para contestar efetivamente a decisão. Como resultado, não fomos representados adequadamente ou não tivemos a oportunidade de apresentar nosso caso de forma abrangente”, prossegue o comunicado.
“Dadas essas circunstâncias, estamos comprometidos em buscar um apelo para ajudar Jordan Chiles a receber o reconhecimento que ela merece. Continuamos dedicados a apoiá-la como campeã olímpica e continuaremos a trabalhar diligentemente para resolver esse assunto de forma rápida e justa.”
A USA Gymnastics deu uma declaração neste sábado (10), na qual disse estar “devastada” pela decisão.
A competição do solo na ginástica artística terminou de forma dramática. Imediatamente após o término da apresentação com a rotina de Chiles, Bărbosu pensou que havia ganhado a medalha de bronze após ter uma pontuação de 13.700.
Chiles havia registrado inicialmente uma pontuação de 13.666, mas seus treinadores desafiaram com sucesso a pontuação de dificuldade, o que adicionou 0,1 à sua pontuação e a levou para o terceiro lugar, atrás da medalhista de ouro Rebeca Andrade e da americana Simone Biles.
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Rebeca Andrade durante sua apresentação no solo da ginástica artística em Paris 2024 • Jamie Squire/Getty Images
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Rebeca se apresentou com uma dificuldade de 5.900 e uma execução de 8.266, registrando uma nota de 14.166
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A ginasta fez uma apresentação sólida, embalada por uma mistura das canções “End of Time”, de Beyoncé, e “Movimento da Sanfoninha”, de Anitta • Divulgação/COB
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Com o ouro, a brasileira se torna a atleta brasileira mais condecorada em Olimpíadas na história
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Rebeca encerrou a sua participação em Paris 2024 com quatro medalhas: o bronze por equipes, a prata no individual geral, uma outra prata, no salto, e o ouro no solo
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Rebeca Andrade com a bandeira do Brasil após se sagrar campeã no solo
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Rebeca é reverenciada pelas estadunidenses Simone Biles (esq.) e Jordan Chiles
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Pódio do solo em Paris 2024 completo: Biles com a prata, Chiles com o bronze e Rebeca Andrade com o ouro
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Rebeca Andrade soma seis medalhas em Olimpíadas: dois ouros, três pratas e um bronze • Jamie Squire/Getty Images
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A aparição delas juntas no primeiro pódio de ginástica olímpica totalmente negro produziu uma das imagens mais icônicas da Olimpíada de Paris, quando as americanas se curvaram diante de Rebeca.
No entanto, a decisão do CAS de que o inquérito submetido em nome de Chiles “foi levantado após a conclusão do prazo de um minuto” estipulado nos regulamentos colocou a medalha de Chiles em dúvida.
Chiles postou nos Stories do Instagram, após a decisão do CAS, quatro emojis de corações partidos e o seguinte texto: “Estou aproveitando esse momento e me retirando das redes sociais para cuidar de minha saúde mental, obrigado.”
(Issy Ronald, Jacob Lev, Homero De La Fuente e Dan Moriarty da CNN contribuíram para esta reportagem)