Não existe relativização quando o assunto é terrorismo


A definição de terrorismo, segundo diversos acadêmicos, é “atacar civis deliberadamente e intencionalmente com objetivos políticos, religiosos ou ideológicos”.
Esta é a definição de terrorismo: criar terror.
Enquanto Israel e a Organização para a Libertação da Palestina conversavam sobre o processo de paz, os conhecidos acordos de Oslo, o Hamas, fundado em 1988 para ser um movimento de resistência islâmica, enviava seus primeiros homens-bomba para se explodir em um ônibus e cafés nas principais cidades de Israel. Sua intenção era clara: minar o acordo, forçar o fracasso do processo de paz e evitar que a recém criada Autoridade Nacional Palestina reconhecesse Israel em fronteiras definitivas.
O ataque foi em civis. Seus objetivos eram políticos e ideológicos e seu modus operandi era religioso. Em suma, terrorismo! O Hamas, assim como a Jihad Islâmica Palestina iriam cometer esses atos dezenas de vezes, matando mais de 1.500 civis israelenses em 12 anos em que o fenômeno dos homens-bomba existiu na região!
O uso da palavra terrorismo foi mudando de tempos em tempos. Na época da revolução francesa, falava-se “era do terror” para perseguir aqueles que eram contra a revolução. Na primeira metade do século 20, potências mundiais classificavam como terrorismo aqueles grupos rebeldes que enfrentavam seu poder, mas nem sempre tais grupos ou indivíduos optavam por atingir civis.
Em 11 de setembro de 2001, tudo mudou! A maior potência do mundo foi atacada em seu símbolo de democracia e liberdade da forma mais aterrorizante possível. Aviões e prédios vieram abaixo no maior atentado da história, causando pânico e restringindo regras para aviação no mundo inteiro. Isso é a personificação da definição do terror: medo!
Dito tudo isso, no último dia 7, o Hamas, agora mais forte e mais armado, invadiu cidades e comunidades, matou mais de 1.000 civis, entre eles mulheres, crianças, bebês e idosos. Alguns foram fuzilados à queima-roupa. Outros foram fuzilados na estrada: ao tentar fugir, foram alvejados até serem atingidos e baterem o carro, sangrando até a morte. Pessoas foram queimadas vivas, alguns com os braços atados!
Israel e o mundo acordaram na manhã do dia 7 de outubro para o maior atentado terrorista de Israel, o segundo maior da história e o maior número de judeus mortos desde o Holocausto em único dia pelo fato de serem judeus.
Um dos membros do grupo confirmou em interrogatório após ter sido capturado durante a última semana que, segundo ele, a religião permite e perdoa todos atos de violência e barbarismo –na verdade o Islã proíbe– e justificou a ação. O Exército de Israel achou no bolso de um dos membros do Hamas morto durante os confrontos com forças israelenses, um manual da Al-Qaeda, enquanto outros encontraram uma bandeira do Estado Islâmico!
Diante de todos os fatos acima descritos e detalhados, resta ao leitor alguma dúvida, em sã consciência, de que o Hamas é um grupo terrorista?
Vale ressaltar que o Hamas, apesar de ter apoio de parte da população palestina, não representa os palestinos e mantem refém, além de mais de 130 israelenses, 2 milhões de palestinos na Faixa de Gaza.
Uma paz duradoura passa pelo fim do Hamas, pela formação de um governo palestino forte e moderado em Gaza e que engaje com Israel em negociações de paz de forma séria e transparente, em que ambos os povos da região possam gozar de um futuro de prosperidade, segurança e paz!