Américo Martins: ONU pede diminuição da violência no território palestino
Uma nova incursão militar de Israel na Cisjordânia resultou em ao menos nove mortes palestinas; ONU expressa preocupação com a escalada do conflito
A Organização das Nações Unidas (ONU) manifestou grande preocupação com a recente operação militar israelense na Cisjordânia, solicitando a redução da violência no território palestino. A incursão, considerada a maior desde a segunda intifada, que terminou por volta de 2005, resultou na morte de pelo menos nove palestinos, segundo autoridades de saúde locais.
A operação está ocorrendo em quatro cidades diferentes da região, incluindo Jenin, conhecida por abrigar um grande campo de refugiados e palco de confrontos recentes. As autoridades palestinas temem um aumento significativo no número de vítimas, relatando dificuldades no acesso de ambulâncias para atender os feridos nas áreas afetadas.
Motivações e contexto do conflito
As Forças de Defesa de Israel justificam a ação como uma resposta a supostas atividades terroristas na região, alegando que o Irã estaria contrabandeando armamentos para a Cisjordânia e tentando abrir uma nova frente de combate contra os israelenses. Esta operação ocorre em um contexto de tensões elevadas, com trocas de fogo quase diárias entre Israel e o Hezbollah no norte do país.
A Cisjordânia, diferentemente da Faixa de Gaza, está sob o controle da Autoridade Palestina, não do Hamas. Desde o início do conflito em Gaza, a região tem testemunhado um aumento na violência entre palestinos e colonos israelenses em assentamentos considerados ilegais pela legislação internacional.
Reação internacional e apelo à contenção
A ONU, diante da escalada do conflito, fez um apelo para que todas as partes envolvidas busquem conter a violência no território palestino. A organização expressou particular preocupação com a magnitude da operação, que envolve um número significativo de unidades militares israelenses.
Este incidente ressalta a complexidade e a volatilidade da situação no Oriente Médio, com potencial para desencadear uma nova onda de violência na região. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, temendo uma expansão do conflito para além das fronteiras atuais.