Autoridade Palestina culpa Conselho de Segurança da ONU por “não garantir acesso a necessidades humanitárias básicas”
Os ataques aéreos e o bloqueio territorial promovidos por Israel em Gaza já deixaram mais de 5 mil mortos, enquanto civis sofrem com a escassez de água, alimentos e medicamentos


O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestina criticou duramente o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas por não ter conseguido enfrentar a “catástrofe humanitária” em Gaza.
O ministério, que tem sede na Cisjordânia ocupada, afirmou que “o Conselho de Segurança da ONU está se afogando em dois pesos e duas medidas miseráveis e carece de consenso mínimo sobre os seus deveres e responsabilidades relativos à catástrofe humanitária que se abateu sobre o nosso povo e que equivale à nova Nakba. ”
A Nakba refere-se ao deslocamento em massa de palestinos na década de 1940, quando o Estado de Israel surgiu.
“O Ministério rejeita veementemente a politização da entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e considera isso uma violação flagrante do direito internacional e dos direitos humanos”, afirmou o comunicado.
A nota ainda apelou à criação de corredores humanitários permanentes para fornecer ajuda e proteção aos palestinos em Gaza.
Dois pequenos comboios de caminhões entraram em Gaza através da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, no fim de semana. No entanto, grupos de ajuda alertam que algumas dezenas de caminhões não são suficientes para resolver a situação de crise humanitária no território palestino com mais de 2 milhões de habitantes.
Na manhã de segunda-feira, o Ministério da Saúde palestino em Gaza informou que 5.087 pessoas, incluindo 2.055 crianças e 1.119 mulheres, foram mortas desde 7 de outubro.
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*Publicado por Fernanda Pinotti, com informações da CNN Internacional