Biden diz que a queda de Assad é um “ato fundamental de justiça” para o povo sírio

Forças rebeldes na Síria declararam Damasco “livre”, alegando que Bashar al-Assad fugiu da capital

Maureen Chowdhury, da CNN
Presidente dos EUA fala sobre a crise na Síria neste domingo (8)  • Reprodução/Reuters
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O presidente dos EUA, Joe Biden, disse, em comentários feitos na Casa Branca neste domingo (8), que a queda do regime de Assad é um ato de justiça que está permitindo aos sírios uma oportunidade histórica.

"Finalmente o regime de Assad caiu. Esse regime brutalizou, torturou e matou literalmente centenas de milhares de sírios inocentes. A queda do regime é um ato fundamental de justiça. É um momento de oportunidade histórica para que o sofrido povo da Síria construa um futuro melhor para seu orgulhoso país", disse Biden.

Entenda o conflito na Síria

A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.
Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

Quem é a família de Bashar al-Assad, que governou a Síria por mais de meio século