Biden e rei da Jordânia conversam por telefone em meio à tensão no Oriente Médio
Rei Abdullah alertou para "atos hostis" de israelenses contra palestinos
O rei Abdullah, da Jordânia, em um telefonema nesta segunda-feira (5) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou sobre o que chamou de “atos hostis” dos colonos israelenses contra os palestinos e “medidas unilaterais” que ameaçam o status quo dos locais sagrados de Jerusalém.
A dinastia Hachemita do rei Abdullah é a guardiã dos locais sagrados muçulmanos e cristãos em Jerusalém. No mês passado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que não houve mudança na política em relação a um local de Jerusalém também sagrado para os muçulmanos, depois que um ministro de extrema direita disse que os judeus poderiam rezar ali.
O complexo, na Cidade Velha de Jerusalém, abriga o terceiro santuário mais sagrado do Islã, a mesquita de Al-Aqsa, e também é reverenciado no judaísmo como o Monte do Templo, um vestígio de dois templos antigos.
Sob um delicado acordo de “status quo” de décadas com as autoridades muçulmanas, Israel permite a visita de judeus, mas se abstém de orar. O local está no centro do conflito Israel-Palestina, e sugestões de que Israel alteraria as regras sobre a observância religiosa levaram à violência no passado.
“Sua Majestade alertou sobre a violência extremista dos colonos contra os palestinos, bem como sobre as medidas unilaterais israelenses que minam as perspectivas de paz e visam o status quo histórico e legal dos locais sagrados islâmicos e cristãos em Jerusalém, o que pode alimentar a violência na região”, disse a corte real da Jordânia em um comunicado.
O rei Abdullah também discutiu com Biden a necessidade de diminuir a tensão na região e de “estabelecer uma calma abrangente para evitar uma guerra regional”, acrescentou a corte real.