Biden reforça apoio dos EUA a Israel e diz que prioridade é retirar reféns americanos

Presidente americano disse que os EUA vão assegurar que Israel possa se defender dos ataques

Fernanda Pinotti, da CNN, em São Paulo
Compartilhar matéria

Em pronunciamento nesta terça-feira (10), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reforçou o apoio a Israel após o ataque surpresa do grupo radical islâmico Hamas no sábado (7).

"Neste momento devemos ser extremamente claros: estamos com Israel. E vamos assegurar que eles possam cuidar de todos os seus cidadãos e se defendam desse ataque", disse o presidente dos EUA.

Biden também ressaltou que há cidadãos americanos sendo mantidos como reféns pelo Hamas, e que já estão sendo feitos "esforços de recuperação".

"Nós temos nossas Forças no leste do Mediterrâneo. Já movemos parte dessas Forças e estamos prontos para movimentar ativos adicionais se necessário", falou.

Um grupo de ataque de porta-aviões dos EUA foi deslocado para o Mediterrâneo Oriental com o objetivo de dissuadir outras nações ou grupos de explorarem a situação, segundo o governo americano.

O presidente disse que os EUA estão "assegurando que os serviços militares de Israel tenham equipamento o suficiente para manter o Domo de Ferro [sistema antimíssil de Israel], e não fiquem sem ativos para defender seus cidadãos".

"Como toda nação do mundo, Israel tem o dever de responder a esse ataque horroroso", disse Biden. Ele também disse que reafirmou o apoio dos EUA em telefonema com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Ele também acrescentou: "O Hamas não está do lado do povo palestino, eles estão ali para assassinar o povo judeu. Eles usam os civis palestinos como escudos humanos."

Biden também disse que conversou com o Congresso americano para lidar com a crise em Israel de maneira conjunta: "Não é hora de política partidária". E disse que o país tem tomado medidas para reforçar a segurança em sinagogas e comunidades judaicas nos Estados Unidos, se preparando para eventuais ataques.

"Não há lugar para o ódio nos EUA. Não contra judeus, contra muçulmanos ou contra ninguém. Nós rejeitamos o terrorismo", falou.

O presidente terminou o discurso com a frase: "Que não haja dúvida que os Estados Unidos apoia Israel".

Veja mais: Lula pede a ministros prioridade para retirada de brasileiros em Israel e Gaza