Bolsonaro é livre para conduzir relações com outros países, diz porta-voz dos EUA
Em meio a tensões no leste europeu, presidente brasileiro irá visitar Moscou entre os dias 14 e 17 de fevereiro
Em meio ao alerta disparado pelos Estados Unidos de que a Rússia pode invadir a Ucrânia a qualquer momento, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve embarcar para a capital russa na noite desta segunda-feira (14).
Visitas diplomáticas em meio a tensões, especialmente entre duas superpotências como Estados Unidos e Rússia, podem gerar ruídos diplomáticos.
Porém, a expectativa é de que a comitiva de Bolsonaro na Rússia discuta uma cooperação técnico militar, além de uma agenda que também inclui a cooperação comercial, encontro com empresários e representantes da Duma (Assembleia Legislativa russa). Representantes do Itamaraty já estão no país, onde ajustam há dias os detalhes desse encontro.
A visita do presidente brasileiro foi citada nesta sexta-feira (11) durante uma coletiva de imprensa de Jake Sullivan, Conselheiro de Segurança Nacional do governo norte-americano, na Casa Branca.
Segundo Sullivan, Bolsonaro é “obviamente livre para conduzir suas relações com outros países, incluindo a Rússia”, Em consultas com fontes no Departamento de Estado americano sobre a visita de Jair Bolsonaro à Rússia na próxima semana, o entendimento é de que os “Estados Unidos e outras nações estão preocupadas com o papel desestabilizador que a Rússia está despenhando na região”, afirmou um porta-voz da pasta que ainda acrescentou “estar ciente sobre os relatos públicos” da visita de Bolsonaro à Moscou.
O Departamento de Estado americano disse que “Estados Unidos, Brasil e outras nações democráticas têm a responsabilidade de defender os princípios democráticos e proteger a ordem baseada em regras, e de reforça essa mensagem à Rússia em todas as oportunidades”, concluiu o porta-voz.