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    Cadáveres e água contaminada causam medo de surto de cólera em Mariupol

    Cidade está sob ocupação das tropas russas

    Mick Kreverda CNNMaria KostenkoTaras ZadorozhnyyKostan Nechyporenko e Yulia Kesaieva

    Em Mariupol, a devastada cidade portuária do sudeste da Ucrânia, agora sob ocupação russa, os temores passaram de bombardeios implacáveis ​​para condições sanitárias deterioradas: esgoto transbordando na água potável e temores de um surto de cólera.

    Na segunda-feira (6), uma das autoridades locais exiladas da cidade disse que as oficiais russos, agora no controle de Mariupol, estavam considerando impor uma quarentena na cidade, onde cadáveres em decomposição e lixo estavam contaminando a água potável, colocando os moradores restantes em risco de cólera e outras doenças.

    “Há conversas sobre quarentena. A cidade está sendo silenciosamente fechada”, disse o conselheiro do prefeito Petro Andriushchenko, uma fonte confiável de informações dos moradores que permanecem na cidade.

     

    “A cidade realmente se transformou em um lugar com cadáveres por toda parte”, disse Andriushchenko na televisão nacional.

    “Eles estão empilhados. Os ocupantes não conseguem enterrá-los nem mesmo em valas comuns. Não há capacidade suficiente nem para isso.”

    A CNN não pôde verificar de forma independente as alegações de Andriushchenko.

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre o potencial de um surto de cólera em Mariupol e pré-posicionou vacinas em Dnipro, mas não se sabe como elas chegariam aos moradores.

    A cólera, uma infecção que causa diarreia aguda, está ligada ao acesso inadequado à água potável e mata dezenas de milhares em todo o mundo todos os anos, segundo a OMS.

    Dorit Nitzan, diretora de emergências da OMS na Europa, que visitou a Ucrânia no mês passado, disse que a situação higiênica em Mariupol era um grande perigo.

    “Recebemos informações de que existem pântanos nas ruas e que a água de esgoto e a água potável estão se misturando”, disse Nitzan em 17 de maio na capital Kiev.

    Andriushchenko afirmou que era “difícil transmitir” o quão sombria a situação se tornou em Mariupol, com as fontes naturais de água na cidade diminuindo à medida que os meses mais quentes chegam e as evacuações russas parando completamente.

    “Você pode entrar na cidade com uma autorização de residência em Mariupol. Mas esta é uma passagem só de ida, porque você não pode sair”, disse ele. “De todos os cenários possíveis para combater a epidemia, em nossa opinião, a Rússia escolheu, como sempre, o mais cínico — apenas para fechar as pessoas da cidade e deixar tudo como está: quem sobrevive, sobrevive”.

    O vice-prefeito de Mariupol, Serhiy Orlov, que também não está em Mariupol, disse nesta terça-feira (7) que acredita que cerca de 150 mil pessoas permanecem na cidade de uma população pré-invasão de mais de 400 mil, com mais 30 mil a 40 mil nos subúrbios vizinhos

     

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