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Câmara e Senado do Chile aprovam casamento entre pessoas do mesmo sexo

Projeto votado nesta terça (7) aguarda sanção do Poder Executivo; manifestação é convocada para comemoração no centro de Santiago

Léo Lopes, da CNN, em São Paulo
Bandeira do orgulho LGBTQI+
Bandeiras do orgulho LGBTQIA+.  • Foto: Jasmin Sessler/Unsplash
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Nesta terça-feira (7), os deputados e senadores do Chile aprovaram o projeto de lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Agora, o projeto vai para o Poder Executivo para os trâmites finais antes de ser sancionado como lei.

A aprovação pela Câmara dos Deputados aconteceu poucas horas após a votação no Senado chileno. "A Câmara apoia o projeto de lei que regulamenta, em igualdade de condições, o casamento de casais do mesmo sexo. É enviado ao Executivo para seus trâmites de promulgação", escreveu o perfil da Câmara no Twitter após aprovação.

O texto foi aprovado pelos deputados por 82 votos a favor, 20 contrários e 2 abstenções. Anteriormente, o projeto passou pelo Senado por 21 votos a favor, 8 contrários e 3 abstenções.

De acordo com a CNN Chile, o Movimento de Integração e Libertação Homossexual (Movilh), tradicional grupo de ativistas chilenos pelos direitos da população LGBTQIA+, convocou uma manifestação para às 19 horas desta terça, na Praça Baquedano, no centro da capital chilena de Santiago, para comemorar a aprovação.

"Os casais homossexuais que processaram o Estado do Chile retirarão imediatamente sua denúncia da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Graças à coragem, força e perseverança desses casais, hoje podemos ter direito. Obrigado", escreveu o Movilh nas redes sociais.

Após a aprovação do projeto, a ministra do Desenvolvimento Social e da Família, Karla Rubilar, disse que esta é uma daquelas ocasiões "que enobrece a atividade política, dignifica a ação pública e homenageia o Poder Legislativo do Congresso e do colegislador, o presidente da República".

“Esta é a melhor face da política, aquela que nos mostra a vontade dos atores em alcançar o bem comum, a perspectiva do Estado que perpassa a temporalidade dos governos, a capacidade de compreensão e o acordo das pessoas que eles têm posições diferentes em relação a um assunto que tem dimensões jurídicas”, acrescentou.

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