Stockton Rush, CEO da OceanGate, visto em 2017. • Shannon Stapleton/Reuters/FILE
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O CEO da OceanGate, Stockton Rush, um dos cinco tripulantes que morreram após a implosão do submarino Titan no mês passado, descreveu a cola utilizada para manter a embarcação unida como semelhante a "manteiga de amendoim".
A declaração foi feita em 2018, em um vídeo publicado no canal da OceanGate no YouTube.
De acordo com o vídeo, em um determinado momento, Rush afirma que a cola utilizada para manter a estrutura de fibra de carbono unida era como "manteiga de amendoim" e "bastante simples".
Segundo publicado pelo "Independent", desde a implosão do submarino Titan no mês passado, especialistas e ex-funcionários da OceanGate alertaram o Stockton Rush sobre problemas de segurança com o submersível.
David Lochridge, ex-diretor de operações marítimas da empresa entre 2015 e 2018, levantou preocupações sobre a segurança do submarino e acabou demitido.
O Acidente
O submarino Titan, da OceanGate, desapareceu no dia 18 de junho, um domingo, no Oceano Atlântico Norte, durante uma expedição que viajaria até os destroços do Titanic.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou a morte dos passageiros do submarino no dia 22, após os destroços terem sido encontrados, indicando uma implosão da cabine.
Estavam no submarino o empresário britânico Hamish Harding; o mergulhador Paul-Henri Nargeolet; o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho, Sulaiman Dawood; e o CEO e fundador da OceanGate, Stockton Rush.
“Em nome da guarda costeira dos EUA dou os pêsames para as famílias. Só consigo imaginar como isso tem sido para eles e espero que essa descoberta traga algum conforto nesse momento tão difícil”, disse na época o contra-almirante John Mauger, comandante do Primeiro Distrito da Guarda Costeira, em entrevista à imprensa.
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O submarino da operadora de turismo OceanGate desapareceu no último domingo (18) depois de uma expedição aos destroços do Titanic, na costa de St John’s, Newfoundland, no Canadá. Destroços da embarcação foram encontrados na quinta-feira (22). As cinco pessoas que estavam a bordo morreram (veja na sequência).
• OceanGate
Entre os mortos estava o milionário Shahzada Dawood, empresário paquistanês e curador do Instituto Seti (foto), organização de pesquisa na Califórnia. Seu filho, Sulaiman Dawood, também estava na embarcação.
• Engro
O bilionário britânico e dono da Action Avision, Hamish Harding, morador dos Emirados Árabes Unidos, também está entre os mortos no acidente.
• Engro
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Outro nome que estava na embarcação era o do aventureiro e mergulhador Paul-Henri Nargeolet
• Engro
O quinto passageiro a bordo do submersível com destino aos destroços do Titanic era Stockton Rush, CEO e fundador da OceanGate, empresa que liderou a viagem
• Reprodução
Nesta imagem, todos os falecidos, a partir da esquerda: Hamish Harding, Shahzada Dawood, Suleman Dawood, Paul-Henri Nargeolet e Stockton Rush Obtido
• Reprodução/CNN
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Um submersível, como Titan, é um tipo de embarcação – mas tem algumas diferenças importantes em relação ao submarino mais conhecido. Ao contrário dos submarinos, um submersível precisa de uma embarcação para lançá-lo. O navio de apoio do Titan era o Polar Prince, antigo navio quebra-gelo da Guarda Costeira canadense, de acordo com o co-proprietário do navio, Horizon Maritime.
• Arte CNN
A expedição começou com uma jornada de 740 quilômetros até o local do naufrágio, que fica a cerca de 1448 quilômetros da costa de Cape Cod, Massachusetts, nos EUA. Mas perdeu contato com uma tripulação do Polar Prince, navio de apoio que transportou a embarcação até o local, 1 hora e 45 minutos após a descida no domingo (18).
• Reprodução
Segundo o correspondente da CNN Gabe Cohen que visitou o veículo Titan fora da água em 2018, o submersível é uma embarcação minúscula, bastante apertada e pequena, sendo necessário sentar dentro dele sem sapatos. Ele é operado por controle remoto, muito similar a um controle de PlayStation.
• Reuters
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O submarino tinha como objetivo levar os três turistas aos destroços do Titanic (foto) para turismo subaquático.
• Woods Hole Oceanographic Institution/Reuters