Cessar-fogo entre Israel e Irã é frágil, diz professor à CNN

Professor da UFF e pesquisador de Harvard analisa a situação e ressalta a possibilidade de novas operações de sabotagem entre os países

Da CNN
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O conflito de 12 dias entre Israel e Irã chegou a um aparente desfecho, com ambos os lados declarando vitória. No entanto, o cessar-fogo estabelecido entre as duas nações ainda é considerado frágil, de acordo com Vitelio Brustolin, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador de Harvard.

Em entrevista ao CNN Novo Dia desta quarta-feira (25), Brustolin destacou a fragilidade do acordo, comparando-o a situações semelhantes ocorridas anteriormente: "O cessar-fogo é frágil e nós vimos isso, esse tipo de cessar-fogo, sendo violado várias vezes na guerra entre Israel e o Hezbollah, no Líbano, por exemplo, ou mesmo os pontuais cessar-fogos que foram feitos entre Israel e o Hamas".

Possibilidade de novas operações de sabotagem

O especialista alertou para a possibilidade de novas operações de inteligência militar por parte de Israel, visando o programa nuclear iraniano. Brustolin lembrou que Israel tem um histórico de ações contra o programa nuclear do Irã: "Israel vem matando cientistas nucleares do Irã há muitos anos já e sabotando a infraestrutura nuclear do Irã, inclusive com vírus de computador".

Como exemplo, o professor citou o vírus de computador, criado pelos Estados Unidos com apoio de Israel, implantado em centrífugas iranianas. O malware causava o superaquecimento das máquinas e desativava os sensores de temperatura, levando-as à explosão.

Brustolin ressaltou que é provável ocorrerem novas operações de sabotagem, as quais podem ser consideradas violações do cessar-fogo. Ele enfatizou que a ideia de uma paz permanente entre Israel e Irã está fora de cogitação atualmente: "Falar em paz permanente entre Israel e Irã nesse momento está totalmente fora do radar, não existe perspectiva de um tratado de paz, nem de reatar politicamente a relação entre os dois países".

O professor concluiu lembrando que o termo "cessar-fogo" implica, por definição, uma situação temporária e provisória, reforçando a fragilidade do atual acordo entre as duas nações.

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