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    Chefe da diplomacia da UE diz que Venezuela é “regime ditatorial e autoritário”

    Declaração foi feita em entrevista concedida à rede espanhola Telecinco

    Omar Fajardoda CNN

    O vice-presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell, afirmou que o governo de Nicolás Maduro “é um regime ditatorial e autoritário”, em declarações à rede espanhola Telecinco.

    “Na Venezuela, mais de 2 mil pessoas foram detidas após as eleições, o líder da oposição teve que fugir e os partidos políticos estão submetidos a limitações em suas atuações”, destacou.

    Borrell acrescentou que “a Venezuela convocou eleições, mas não era uma democracia antes e muito menos depois”.

    As declarações do representante europeu surgem uma semana depois que o candidato Edmundo González chegou à Espanha, onde ele pediu asilo político.

    González pediu asilo após receber um mandado de prisão na Venezuela por alegações de crimes relacionados à publicação dos resultados eleitorais em um site. Ele negou as acusações imediatamente.

    Desde de 28 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou Maduro vencedor das eleições presidenciais. A declaração foi ratificada semanas depois pelo Supremo Tribunal de Justiça (TSJ, da sigla em espanhol).

    No entanto, até o momento, os resultados detalhados não foram publicados, medida que vários países consideram necessária para validação e transparência.

    Borrell já havia comentado que a chegada de González à Espanha marcou um “dia triste para a democracia”.

    “Diante da repressão, da perseguição política e das ameaças diretas à sua segurança e liberdade, depois de ter recebido hospitalidade na residência holandesa em Caracas até 5 de setembro, o líder político e candidato presidencial Edmundo González, teve que solicitar asilo político e acatar a proteção que a Espanha ofereceu”, disse Borrell em um comunicado.

    “Edmundo González, segundo cópias das atas disponíveis publicamente, seria o candidato presidencial vencedor das eleições por uma ampla maioria. Em uma democracia, nenhum líder político deveria ser forçado a procurar asilo em outro país”, complementou.

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