Chefe da União Europeia negocia acordo comercial com Trump
Ursula von der Leyen encontrará presidente americano na Escócia para discutir acordo que pode superar pacto de US$ 550 bilhões firmado com o Japão
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deve se reunir neste domingo (27) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para negociar um possível acordo comercial. Os líderes se encontrarão na Escócia para discutir o que pode ser o maior acordo firmados pelos EUA desde o anúncio do tarifaço de Trump.
O presidente dos EUA manifestou otimismo em relação às negociações e chamou a chefe da União Europeia (UE) de "líder altamente respeitada". Diplomatas europeus afirmam que o acordo em discussão tem potencial para superar o pacto de US$ 500 bilhões de estabelecido com o Japão.
Detalhes das negociações
De acordo com fontes diplomáticas europeias, as discussões devem incluir uma proposta de tarifa de 15% sobre produtos europeus importados por Washington. Este valor representa uma redução significativa em comparação à tarifa de 30% que Trump ameaçou aplicar a partir do dia 1° de agosto.
Ursula von der Leyen viajou no sábado (26) para a Escócia e deve se reunir com o presidente americano no resort Trump Turnberry. O encontro, marcado para às 12h30, no horário de Brasília, é o único compromisso público na agenda do presidente deste domingo.
O representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, e o secretário de Comércio, Howard Lutnick, também partiram de Washington para a Escócia no sábado para participarem de negoiações de alto nível com autoridades da UE antes da reunião entre Trump e von der Leyen, disse uma fonte do governo americano.
“Estamos cautelosamente otimistas de que um acordo será alcançado”, disse a fonte.
A Comissão Europeia disse na quinta-feira (24) que uma solução comercial negociada com os Estados Unidos era possível, apesar de membros da UE terem votado pela aprovação de tarifas retaliatórias sobre €93 bilhões em produtos americanos caso as negociações fracassem.
Apesar da expectativa por um acordo de tarifa geral em 15%, Trump disse a repórteres que não há margem para negociar as taxas de 50% às importações de aço e alumínio. "Porque se eu fizer isso por um, terei que fazer isso por todos", disse o presidente.
Ainda não está claro se Washington isentaria as importações da UE de outras tarifas sobre automóveis, produtos farmacêuticos e outros bens.
Combinando bens, serviços e investimento, a UE e os Estados Unidos são, de longe, os maiores parceiros comerciais um do outro. A Câmara de Comércio Americana em Bruxelas alertou em março que qualquer conflito colocaria em risco US$ 9,5 bilhões na relação comercial mais importante do mundo.


