"Durou quase 4 minutos", diz ministra da cultura sobre roubo no Louvre

Rachida Dati disse que a ação foi muito rápida e admitiu que os criminosos era profissionais; ministra disse que a investigação está em andamento

Felipe Carvalho, da CNN
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A ministra da Cultura da França, Rachida Dati, comentou sobre as joias que foram roubadas de dentro do Museu do Louvre, em Paris, na França, na manhã deste domingo (19). Ela afirmou que o tempo do roubo foi menor do que os sete minutos antecipados pelo ministro do Interior, Laurent Nuñez.

"Chegamos imediatamente, alguns minutos após recebermos a informação do roubo. Para ser sincera, a operação durou quase quatro minutos. Foi muito rápida! Temos que admitir que são profissionais. O crime organizado hoje tem como alvo objetos de arte e os museus, claro, tornaram-se alvos, porque a França, como vocês sabem, é um país de patrimônio, um país com objetos históricos de grande valor", detalhou em entrevista ao TF1.

Os ladrões encostaram um caminhão próximo a uma das laterais do museu, ergueram uma espécie de escada magirus (que são usadas pelo Corpo de Bombeiros), alcançaram uma janela da Galerie d'Apollon e dois criminosos invadiram o local. Eles saíram de lá com nove peças da coleção, seno que duas delas já foram recuperadas pela polícia.

Imagem mostra ponto de entrada dos ladrões no Museu do Louvre • CNN
Imagem mostra ponto de entrada dos ladrões no Museu do Louvre • CNN

"As joias que foram roubadas são inestimáveis. Durante a fuga, abaixo do Museu do Louvre, sim, foi encontrada uma joia, que também está sendo avaliada. E então toda essa investigação está em andamento."

Próximo do local do roubo foram encontrados coletes parecidos com as roupas usadas por trabalhadores, luvas, maçarico, cobertor e rebarbadeiras, possivelmente usadas para cortar o vidro da janela e não quebrar.

Segundo Dati, a vulnerabilidade dos museus é uma "questão antiga" que precisa ser solucionada. "Há 40 anos, não nos interessamos pela segurança desses grandes museus. Há dois anos, o presidente do Museu do Louvre contatou o chefe de polícia para uma auditoria de segurança. Precisamos adaptar esses museus às novas formas de crime. Virou crime organizado ", acrescentou.

Paulo Garcez Marins, historiador e diretor do Museu do Ipiranga de São Paulo, conhece bem essas joias. Ele disse à CNN que a perda dessas peças é lamentável.

"[No local] Havia também diamantes históricos da monarquia Bourbon, anteriores à Revolução Francesa — como o Régent, de 140 quilates, um dos diamantes mais célebres do mundo, o Sancy e o Hortênsia. Também há conjuntos de diamantes e safiras que pertenceram à rainha Dona Amélia e à condessa de Paris, que tem origem brasileira, uma neta da Princesa Isabel", destacou.