Biden diz que "não vai a lugar nenhum" enquanto campanha enfrenta dificuldades

Presidente dos EUA está tentando mudar a conversa de sua acuidade mental para o impacto de outra presidência de Trump

Da Reuters
Biden realizou um comício em Detroit, dizendo a uma multidão que não abandonaria a corrida  • Reuters
Compartilhar matéria

Buscando reviver sua difícil campanha de reeleição, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizou um comício em Detroit no estado do Michigan, dizendo a uma multidão que não abandonaria a disputa.

Biden, de 81 anos, está tentando mudar a conversa de sua acuidade mental para o impacto de outra presidência de Trump, enquanto sua campanha enfrenta dificuldades após seu fraco desempenho no debate da CNN em 27 de junho.

“Estou concorrendo e vamos vencer”, disse Biden a uma multidão que carregava cartazes “Motown é Joetown” e gritava “Não desista” para o líder americano.

“Eu sou o indicado”, disse Biden. "Eu não estou indo a lugar nenhum.", ele acrescentou.

O democrata continuou dizendo: “É hora de pararmos de tratar a política como se fosse entretenimento ou um reality show de TV”.

No evento, Biden alertou que o "Projeto 2025", uma plataforma política conservadora que buscaria reduzir o governo federal se Trump fosse eleito, é "mortalmente sério".

Apontando para a área da imprensa do local, Biden disse: “Eles estão me martelando”, ao que a multidão vaiou.

“Adivinhe, Donald Trump obteve passe livre”, o democrata, e depois declarou que republicano era uma “ameaça a esta nação”.

Uma pessoa que tentou interrompê-lo foi reprimida pela multidão, que gritava “Mais quatro anos”.

Embora os líderes sindicais e religiosos tenham comparecido, a governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, e os seus senadores democratas, Debbie Stabenow e Gary Peters, não estavam presentes no evento.

Mais cedo, Biden fez uma aparição surpresa em um restaurante temático no subúrbio de Detroit, onde repetiu que não vai desistir da campanha e que planeja "terminar o trabalho".

Divisão no partido

Pelo menos 19 parlamentares pediram que o presidente desista, para que o partido possa indicar outro candidato, após seu desempenho ruim no debate da CNN de 27 de junho, contra o republicano Donald Trump.

Os democratas estão preocupados que as baixas taxas de aprovação do presidente e os crescentes temores de que ele esteja muito velho para um novo mandato possam fazer eles perderem assentos na Câmara dos Deputados e no Senado.