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    À CNN, ministro do Irã rebate denúncia de estupro em prisão da Guarda Revolucionária

    Relatos obtidos pela CNN mostram que jovem presa pela Guarda Revolucionária foi estuprada por três homens durante mais de um mês

    Da CNN

    A morte da jovem Mahsa Amini, em setembro do ano passado, gerou uma onda de protestos pelo Irã. A mulher, que tinha 22 anos na época, foi detida pela polícia da moralidade, devido ao uso inadequado do véu islâmico, que é obrigatório no país.

    Em meio aos protestos, a violenta repressão do governo iraniano deixou mortos, feridos e milhares de presos. Nos primeiros dois meses de manifestações, ao menos 326 pessoas morreram. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 14 mil pessoas foram presas.

    A CNN esteve no Irã, ouviu relatos de pessoas locais, incluindo um clérigo, e confirmou a história de uma manifestante que foi detida e permaneceu em uma instalação da Guarda Revolucionária por mais de um mês, onde foi estuprada por três homens diferentes.

    Vídeos que passaram a circular nas redes sociais supostamente mostraram também as forças de segurança iranianas agredindo sexualmente manifestantes do sexo feminino nas ruas.

    A âncora da CNN Christiane Amanpour entrevistou o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, e o questionou sobre as alegações de tortura e abuso sexual contra manifestantes presos.

    “Em relação à mulher iraniana que você mencionou, não posso confirmar. Houve tantas reivindicações infundadas feitas nas redes sociais e na mídia. Vimos algumas das reportagens da CNN que são direcionadas e falsas”, disse o ministro.

    Hossein afirmou também que o Líder Supremo do Irã concedeu anistia, e que todos os manifestantes que foram presos durante os protestos foram libertados.

    Veja a entrevista no vídeo acima

    *publicado por Gabriel Ferneda, da CNN

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